Instalada em Manaus, Amazonas, a marca de motocicletas Dafra foi criada apenas em 2008, mas já ocupa o terceiro posto no ranking de unidades vendidas no país. Para manter o pique e aumentar sua participação, a empresa adotou a estratégia de firmar parcerias internacionais. Na Ásia, tem a China como fornecedora e parceria com a marca Haojue. Na Índia, a parceria é com a TVS, para produzir a Apache 150; em Taiwan, com a SYM, para fabricar o scooter Citycom 300; e na Europa, com a badalada italiana MV Agusta, para montar os modelos F-4 e Brutale. Fora isso, ela produz em sua planta, em Manaus, os modelos nacionais da alemã BMW.
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O mais novo acordo foi firmado com a sul-coreana Daelim, para fabricar a partir de janeiro de 2012 (ainda sem preço estipulado) o modelo esportivo Roadwin 250. Uma motocicleta equipada com motor de um cilindro, dotada de sistema de injeção eletrônica de combustível e refrigeração líquida, que fornece 24cv a 9.000rpm e um torque de 1,93kgfm a 7.000rpm. Um modelo para brigar com a Kawasaki Ninja 250 e com a recém-apresentada Honda CBR 250R. Totalmente carenada, com duplo farol dianteiro, a nova Dafra Roadwin 250 passou por um processo de ajuste e adaptações para atender as particularidades do mercado nacional.
Traseira Os testes consumiram cerca de 300 mil quilômetros rodados e 1.500 horas de simulações nos laboratórios de emissões de poluentes da fábrica amazonense. O estilo segue padrões nipônicos, com clara influência das superesportivas japonesas e sem o espalhafatoso estilo “Jaspion” que caracteriza as asiáticas fora do Japão. A traseira, entretanto, foi completamente modificada (ganhou lanternas com luzes de LED, entre outras) em relação ao modelo coreano: um trabalho da engenharia brasileira, em acordo com a Daelim, para atender o gosto nacional.
O resultado foi um desenho interessante, proporcionando harmonia entre a dianteira e a traseira, complementado por banco em dois níveis e com alças de segurança para o passageiro. O escapamento tem saída convencional. Como nas superesportivas de maior cilindrada, a nova Dafra Roadwin 250 tem duplo freio a disco ventilado na dianteira, proporcionando bastante potência nas desacelerações. Na traseira, o freio também é a disco. As rodas são em liga leve, com aros de 17 polegadas de diâmetro, para propiciar maior agilidade nas mudanças de direção, como nas superesportivas de maior porte.
Painel Os pneus são os SportDemon, da Pirelli. O quadro de instrumentos também confere esportividade, com o conta-giros analógico em destaque e telas digitais com as demais informações. Ainda no quesito esportividade, o guidão é composto de semiguidões. A tampa do tanque de combustível tem desenho de competição. A suspensão traseira é do tipo mono, com 26mm de curso; e a suspensão dianteira, telescópica, com 128mm de curso. Com porte e estilo de modelo esportivo, a velocidade final declarada, porém, não impressiona: 130km/h. Se a velocidade poderia aumentar, o peso ( der 158 quilos, a seco) poderia diminuir.
A Daelim, nova parceira da Dafra, foi fundada em 1962 e já esteve no Brasil. Na Coreia, já produziu modelos em cooperação técnica com a Honda, mas hoje desenvolve seus próprios veículos e exporta para cerca de 70 países. Volta agora com o suporte que não teve na época: uma rede de distribuição de cerca de 200 concessionários e uma fábrica com cerca de 35 mil metros quadrados de área construída. O interessante é que a Sundown também havia cogitado comercializar o modelo com outro nome, mas passa por reestruturação que limita seus “movimentos”. A nova Dafra Roadwin 250 será comercializada nas cores branca (nova tendência mundial) e vermelha.