O espírito aventureiro dessa BMW, importada oficialmente para o Brasil, faz o mundo parecer pequeno. Fabricada a partir do modelo R 1200 GS, uma on-off road, a moto ganhou uma configuração mais radical, que permite encarar qualquer estrada e distância, em qualquer lugar do planeta. Um verdadeiro trator, que também é capaz de rodar pelo asfalto com velocidade e muito conforto. Um casamento interessante, para justificar o nome e fazer do mapa mundi uma espécie de brincadeira de “ligar os pontos”.
Para tanto, o tanque de combustível foi aumentado e comporta nada menos que 33 litros, que confere uma autonomia, segundo a montadora, de cerca de 700km, rodando sem abusar. Uma distância que permite chafurdar por lugares inóspitos, se o piloto quiser. Para ajudar na tarefa, a Adventure já vem com dois faróis auxiliares, pára-brisa regulável, armação para encaixe de bolsas de alumínio laterais e central, protetor de cabeçotes, banco e guidão reguláveis na altura, pedaleiras maiores, punhos aquecidos e protetores de mão.
Andando
O porte impressiona e é um obstáculo na hora de embarcar. Mesmo com o banco na posição mais baixa (890 e 910 mm), a missão de assumir o comando para um piloto de estatura mediana exige logística e ajuda do ‘montinho’ amigo. Mas, é só pôr a moto em movimento, para a dificuldade desaparecer. O motor boxer rebaixa de tal forma o centro de gravidade, que a moto quase se equilibra sozinha. A posição de pilotagem também é confortável e relaxada, mas, o pára-brisa acaba distorcendo um pouco a visão.
O vigoroso motor, com dois cilindros opostos e 1170 cm³, injeção eletrônica, oito válvulas e refrigeração a ar e óleo, fornece 100 cv a 7.000 rpm, e permite acelerar de 0 a 100 km/h em 3,4 segundos. Entretanto, o destaque é o torque (de 11,7 Kgfm a 5.500 rpm), que oferece uma curva mais plana, com 70% já disponível antes das 3.000 rpm. Isso faz com que o motor tenha fôlego para aceitar acelerações em qualquer uma das seis marchas (transmissão por cardã), tornando a pilotagem bem mais prazerosa, especialmente na terra.
Sapatos Já os pneus Michelin radiais sem câmara (110/80 na dianteira e 150/70 na traseira), calçados com rodas de 19 e 17 polegadas, respectivamente, com raios externos, são mais para o asfalto do que para a terra, na proporção de 80% e 20%. Para aventuras mais radicais, tem que mudar os sapatos. No asfalto, o sofisticado sistema de freios ABS (duplo disco de 305mm na dianteira e simples de 265 mm na traseira), ajuda bastante. Ao pressionar o freio dianteiro, o traseiro também é acionado automaticamente. Já o traseiro, funciona de forma independente. Na terra, é possível desligar o ABS, para uma pilotagem esportiva.
Embora tenha feito um notável regime, perdendo 30 kg em relação à antecessora R 1150 GS, o peso de 256 kg a seco ainda causa impacto. O painel tem todas as informações legíveis em campos analógicos e digitais, além da possibilidade de instalação de navegador por satélite. O alternador tem 720W para ligar outros acessórios elétricos. A suspensão dianteira é do tipo Telelever, com 210 mm na dianteira e 220 mm na traseira (regulável). O visual é agressivo com faróis assimétricos e um grande ‘bico’, como pára-lamas dianteiro. O preço no Brasil é R$ 92,9 mil. Informações: 0800-553578.