
O processo de miniaturização foi um dos responsáveis pelo lançamento do  modelo K 1600 GT, equipado com motor de seis cilindros em linha. Essa  arquitetura tinha na largura do motor o seu grande obstáculo. A alemã  BMW iniciou a resolução do problema, apresentando em 2009 o modelo  Concept 6: uma moto experimental, equipada com um propulsor de seis  cilindros em linha com dimensões equivalentes às de um tradicional  quatro cilindros em linha e que iria equipar, logo em seguida, o novo  modelo K 1600 GT e sua irmã K 1600 GTL, ambas importadas oficialmente  para o Brasil. A empreitada de compactar o motor começou reduzindo a  distância entre os cilindros para apenas cinco milímetros, com emprego  de materiais nobres. Além disso, adotou cárter seco e deslocou  componentes elétricos para a parte de trás.
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Também harmonizou  curso e diâmetro dos pistãos, equalizando as massas de tal forma que  permitiu a redução das dimensões dos balanceiros, conservando baixos  níveis de vibrações. Quase um trabalho de relojoaria, que resultou em um  motor de seis cilindros em linha, com inclinação de 55 graus e  1.649cm³, equipado com 24 válvulas, injeção eletrônica e refrigeração  líquida, que desenvolve 160,5cv a 7.750rpm e fornece uma cavalar dose de  torque, de 17,85kgfm a apenas 5.250rpm. Um predicado que confere  extraordinária agilidade para um modelo de dimensões avantajadas, que  tem peso a seco de nada menos que 295kg. Abastecida (tanque com  capacidade para 26.5 litros), com piloto, passageiro e mais a bagagem de  ambos, o peso do conjunto pode ultrapassar a casa da meia tonelada.
ANDANDO Além  disso, vem equipada de série com bolsas laterais na cor da moto (o top  case só é de série no modelo GTL), que aumenta o volume e dimensões da  moto. O motor funciona com impressionante suavidade. Entretanto, a  musculatura está permanentemente a postos. O enorme torque atinge 70%  (12,5kgfm), a míseros 1.500rpm. Significa que mesmo abastecida e  carregada até o “teto”, é possível rodar em sexta e última marcha em  baixas velocidades sem qualquer reclamação. O acelerador sem cabos (por  sensores) responde imediatamente, aumentando o prazer na pilotagem. Essa  característica também permite uma condução mais apimentada e  surpreendentemente divertida, mesmo com todo o volume anexo. Para ajudar  ainda mais na pilotagem, a K 1600 GT conta com um extenso pacote  eletrônico de comodidades.
Pela primeira vez em motocicletas, o  conjunto óptico dianteiro tem lâmpadas xênon e um inédito sistema que  direciona mecanicamente o facho luminoso para dentro da curva, como se  virasse os olhos, iluminando possíveis pontos cegos, aumentando bastante  a segurança noturna. O conforto fala alto na estrada. O para-brisa pode  ser ajustado eletricamente e os bancos e punhos aquecidos em duas  temperaturas. O painel é completo, contando inclusive com tela digital  de 5,7 polegadas, que permite o acoplamento de GPS e recarga de  aparelhos, como celular e computador. O sistema de som, entretanto, é  opcional. Uma economia de palito em um modelo que incorpora tanta  sofisticação. O modelo já vem com preparação para sua instalação, que é  de série na irmã GTL. O motor também pode ser ajustado eletronicamente  em sua gestão.
ELETRÔNICA A opção Rain é para  rodar em pisos mais escorregadios e de baixa aderência. O modo Road é  para transitar nas estradas, permitindo inclusive maior economia de  combustível. O modo Dynamic não faz concessões e permite explorar de  forma mais esportiva toda a potência e principalmente o grande torque.  Nessa tarefa, as rodas em liga leve com aros de 17 polegadas, como nos  modelos esportivos, cumprem bem a missão. Tudo sob a supervisão de um  sistema de controle de tração, que impede a roda traseira de girar em  falso nas retomadas bruscas proporcionadas pelo grande torque. O piloto  também pode regular as suspensões de forma coerente com o ajuste da  gestão de motor e também conforme as condições do piso, do peso e até do  tipo de tocada pessoal.
São três possibilidades no sistema  Eletronic Suspension Adjustment (ESA II): sport, normal e confort. Na  suspensão dianteira, o sistema Duallever tem 115mm de curso. Na  traseira, a suspensão do tipo mono, Paralever, tem 135mm de curso. Os  freios são equipados com sistema ABS. Ao acionar o freio dianteiro, o  traseiro também entra em funcionamento automaticamente. Na dianteira são  dois discos de 320mm de diâmetro e pinças de quatro pistãos. Na  traseira, em função do peso, o freio também tem 320mm de diâmetro,  embora único. O quadro é em alumínio e abraça o motor por cima. Os  escapes têm saídas duplas, com ponteiras de três saídas cada uma,  somando seis, como o número de cilindros. A transmissão final é por eixo  cardã. O preço sugerido é R$ 99.500. Informações: Euroville. (31)  3304-4140.