Contrariando a tradição da marca alemã, a linha K não tem os clássicos motores dois cilindros contrapostos, ou boxer, que fizeram a fama de seus modelos. Como estão funcionando em lados contrários, parecem brigar, ou lutar box, justificando o nome. Seus propulsores, ao contrário, têm a arquitetura de quatro cilindros em linha, inclinados em 55 graus, ao melhor estilo japonês e também equipam os modelos K 1300 R (naked), K 1300 S (esporte) e K 1300 GT, ou Gran Turismo, especial para longas viagens. Este sofisticado modelo ganhou em 15 de junho, uma nova versão, ainda mais requintada, batizada de Exclusive Edition.
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O lançamento, já como modelo 2011, foi em Munique, sede da montadora, no Sul da Alemanha, Região da Baviera, que é o B de BMW, Bayerische Motoren Werke, ou Fábrica de Motores da Baviera. O curioso é que a BMW desenvolveu outra versão de motor com arquitetura de quatro cilindros em linha, inclinados em 32 graus, totalmente apimentado, para equipar a superesportiva S 1000RR e também um extravagante propulsor de seis cilindros em linha, apresentado em novembro de 2009, para o futuro modelo K 1600 LT, já em testes, que vai disputar exatamente o mesmo segmento estradeiro da “nova” K 1300 GT Exclusive Edition.
Enquanto os planos não se concretizam, a nova K 1300 GT Exclusive Edition já é uma realidade e vai para as ruas e estradas ainda mais equipada para encarar longas jornadas e grandes quilometragens, sem medo das distâncias, com muito conforto e mordomias. O banco, em dois níveis, tem aquecimento, com regulagem separada para piloto e garupa e ajuste de altura. As manoplas do guidão também são aquecidas, com possibilidade de duas temperaturas. Para controlar o vento frontal, o para-brisa tem regulagem elétrica de altura. Já o painel tem computador de bordo, com indicador de temperatura ambiente, GPS, indicador de consumo, autonomia, hodômetros, velocímetro, conta-giros e demais funções.
Além das bolsas laterais, o modelo K 1300 GT Exclusive Edition vem equipado de série com um bauleto central com chave e capacidade para 49 litros, na cor da moto e que também serve de apoio para a garupa. Os faróis ganharam luzes de xenon, que iluminam melhor e ofuscam menos. A eletrônica embarcada, com uma reforçada sopa de letrinhas, também está presente. As suspensões podem ser ajustadas eletronicamente pelo sistema Eletronic Suspension Adjustment (ESA), evolução II, com um simples toque de botão, conforme o peso da moto, tipo de piso e tocada do piloto.
Para ajudar ainda mais o piloto, o modelo conta com um sistema de controle de tração e estabilidade, batizado de Automatic Stability Control (ASC), que atua no motor, reduzindo a potência conforme o nível de aderência do piso, para a pilotagem ficar mais suave e, consequentemente, mais segura. Ainda no cardápio, a sopa de letrinhas oferece o sistema RDC, que controla a pressão dos pneus, monitorada através do sugestivo TPM, ou Tyre Pressure Monitor. Para completar, os freios são equipados com o sistema ABS, que impede o travamento das rodas e distribui a pressão da frenagem entre as duas.
O motor é um quatro cilindros em linha, com 1.293cm³, com inclinação de 55 graus, equipado com 16 válvulas, injeção eletrônica e refrigeração líquida, que desenvolve 160cv a 9.250rpm. O torque é de 14,3kgfm a 8.250rpm, que permite usar menos o câmbio de seis marchas, com transmissão final por eixo cardã. A velocidade máxima é de 250km/h e o modelo acelera até 100km/h em pouco mais de três segundos. O quadro tem vigas laterais em alumínio, mas também usa aço. O freio dianteiro tem dois discos de 320mm e o traseiro um disco simples, com 265mm. A suspensão dianteira, pelo sistema Telelever (não afunda nas frenagens), tem 115mm de curso, enquanto a traseira, Paralever, tem 135mm de curso. O tanque comporta 19 litros e o peso do veículo abastecido é de 255kg. O modelo vai ser importado para o Brasil, mas, ainda não tem datas e preços definidos.
