Nesta edição testamos um modelo diferente, que reúne todas as características citadas acima. Trata-se de uma verdadeira curtição, uma maneira divertida de encarar uma opção de transporte, sem barulho, sem agredir o visual urbano, sem deixar de queimar algumas calorias. Com um prato de feijão e uma carga na tomada, dá para encarar um bom pedaço de chão, dá para pegar um vento no rosto, de um lado para o outro. Mas nem tudo são flores. Por sua fragilidade, nunca ficou tão evidente o quanto um veículo depende do meio por onde vai circular. E como esse meio está despreparado para recebê-lo.
Para driblar o tumulto
As bicicletas elétricas são alternativa de transporte no trânsito congestionado dos grandes centros. Leia as impressões sobre modelo dobrável Nano, da paulista Ecolev.
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As bicicletas que mais chamam a atenção são as equipadas com motores elétricos, que já estão incorporadas ao cenário urbano por causa do trânsito insuportável, no qual são despendidas horas até o destino. É aí que entram as bikes elétricas como opção de meio de transporte, principalmente em Belo Horizonte, em função da topografia íngreme. E elas funcionam bem, dá para ir trabalhar sem suar, pois requerem menos esforço para pedalar e percorrem mais distâncias em menos tempo. Outros optam pela bicicleta como forma de reflexão e combate à poluição atmosférica.
PRATICIDADE A vantagem da Nano é ser dobrável, pois pode ser usada de várias formas. Apesar de ela ser tipicamente urbana, é uma curtição pedalar essa pequena dobrável. As alturas do guidão e do banco são reguláveis, o que deixa o ciclista com uma postura correta sem forçar a coluna, e o selim é bem macio para uma bicicleta híbrida.
Seu uso é muito simples: ao ligar o botão de força aparecem no painelzinho as luzes verde, amarela e vermelha, que é a carga da bateria. O motor somente é acionado a partir da segunda pedalada, e a aceleração é na manete direita.
A Nano tem rodas aro 12 e o motor fica na roda dianteira. A bateria foi instalada dentro do quadro, que é de alumínio, e o conjunto pesa 14,5 quilos. Ela é bem leve por ser elétrica. E devido ao baixo peso, é fácil de carregar, subir escadas, colocar no porta-malas do carro. E dobra sem uso de nenhuma ferramenta e pode ser colocada na mochila que a acompanha. Fica parecendo que o usuário carrega um contrabaixo, e ela cabe no elevador.
DESEMPENHO Em ruas planas e numa leve subida o pedal é dispensável, bastando acelerar. Porém, numa subida um pouco mais forte é preciso pedalar, principalmente quem pesa acima de 70 quilos. E por ter rodas bem pequeninas, aro 12, a Nano vai girar muito e andar pouco. Em relação ao aro 12, o maior perigo é cair no buraco, que pode engolir a roda. Aí, o tombo é certo.
PRIVILÉGIO O que mais surpreendeu foi a total aceitação nos espaços públicos: entrei em padarias, supermercado e até em banco. Ninguém, nenhum segurança apareceu para impedir. Pelo contrário, ela virou a grande atração do local, muitos curiosos se aproximaram; mas o maior sucesso é com a curiosidade das crianças. Foi pensando nelas que o fabricante desenvolveu o sistema de o motor ligar só depois da segunda pedalada, visando maior segurança.
O conceito do fabricante de ter uma bicicleta que proporciona mobilidade foi atingida, pois, às vezes, dá preguiça pegar o carro para fazer compras, enfrentar o trânsito. Com a Nano, coloca-se uma mochila nas costas para carregar as compras, estaciona-se dentro da loja. Ela ajuda muito a resolver o problema de circulação.
FICHA TÉCNICA
Quadro: dobrável em alumínio nas cores azul, vermelha, preta e prata.
Freios: V-brake dianteiro e a disco mecânico na traseira
Pneus: aro 12” com câmera
Pedal: de plástico
Selim: de espuma
Motor: 180Watts
Bateria: lithium 24V/6Ah
Recarga: 3 horas (110/220V)
Velocidade máxima: 25km/h
Autonomia: 20 quilômetros
Peso: 14,5kg
Acompanha uma mochila com alça para transportar.
Valor: R$ 3.699 (no site do fabricante: