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Aprilia RX e SX 50 - Exemplo que vem de baixo

Com dois lançamentos, a marca italiana mostra que as "cinqüentinhas" deixaram de ser despojadas e se tornaram mais sofisticadas, com porte e equipamentos de motos maiores

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RX 50 é do tipo fora-de-estrada e tem suspensão dianteira de longo curso

A sofisticação de modelos de baixa cilindrada não é comum nas montadoras, já que os custos de produção se elevam a tal ponto que o preço final acaba ficando equiparado a modelos de cilindrada maior, praticamente inviabilizando as vendas. Mesmo assim, algumas montadoras produzem requintados modelos, que acabam virando sonho de consumo dos baixinhos, exatamente como o modelo Aprilia RX 50, do tipo fora-de-estrada, e sua irmã SX 50, do tipo supermoto.

Outra estratégia das fabricantes que investem nesta empreitada é que as sofisticadas motos de baixa cilindrada se transformam em exemplo de tecnologia que a montadora pode oferecer, inclusive em motos de maior cilindrada, para, quando o baixinho crescer, provavelmente se transformar em um cliente fiel da marca e de seus modelos maiores, e também mais caros. Enquanto isso, os baixinhos seguem infernizando a vida dos pais, que, no final das contas, são os responsáveis pela assinatura do cheque.

Os dois modelos não ficam devendo em nada aos de maior cilindrada, em termos de estética e de equipamentos. Esse, aliás, é outro argumento de vendas, uma vez que a RX 50 e a SX 50 se parecem mais com uma 125. A diferença fica mesmo por conta do motor. Para tentar suprir essa deficiência, a Aprilia desenvolveu um motor de alto rendimento, mas que também exige uma pilotagem em regimes de rotações mais elevadas. O efeito colateral disso é o aumento no consumo de combustível.

SX 50 tem freio a disco na dianteira, com 300 mm de diâmetro


O motor é do tipo dois tempos, com um cilindro e refrigeração líquida, que desenvolve 6 cv, sendo alimentado por carburador. A suspensão dianteira é do tipo Marzocchi Magnum, com tubos de 40 mm e curso de 195 mm. A suspensão traseira é mono, com 180 mm de curso. Trata-se de um conjunto que poderia equipar, sem dificuldades, motos de maior cilindrada. Outro efeito colateral é que, devido ao porte mais encorpado e equipamentos de motos maiores, o peso a seco também fica alto: cerca de 97 quilos.

Carona
Os freios também seguem a mesma linha, com um disco ventilado de 260 mm na dianteira, para o modelo RX; e um discão superdimensionado (de 300 mm de diâmetro), "mordido" por pinça de duplo pistão, para o modelo SX, dentro do conceito de supermoto. O freio traseiro também é ventilado (com disco de 180 mm de diâmetro), sendo comum aos dois modelos. As rodas são de liga leve. Os pneus têm medidas diferentes: no modelo RX, fora-de-estrada, eles são mistos (terra e asfalto), com roda de aro 21 polegadas na dianteira, e 18, na traseira; no SX, tipo supermoto, as rodas têm aros de 17 polegadas (padrão no segmento) e são calçadas com pneus esportivos para asfalto.

O quadro é do tipo perimetral, em aço, e o painel, digital, com todas as informações. A RX 50 foi lançada em 1997 e, só depois, veio a SX. As duas, porém, têm câmbio de seis marchas e uma velocidade final em torno dos 100 km/h, além da partida a pedal. O visual é atual e pega carona nos badalados modelos Aprilia RXV e SXV 450, equipados com um compacto motor de dois cilindros em V.