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Aprilia FV2 1200 - Presente de 20 anos

Modelo conceito compacto e com visual futurista indica novas tendências. Com motor de dois cilindros em V e suspensão dianteira experimental, moto esbanja agilidade

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A marca italiana Aprilia foi fundada em 1968 para produzir bicicletas. Porém, Ivano Beggio, filho do dono e apaixonado por motocicletas, implantou a linha de motos a partir de 1975. A empreitada deu tão certo que a produção de bicicletas foi abandonada em 1980, para dedicação exclusiva às motos. A marca sempre participou de competições, que funcionavam como laboratório avançado para suas pesquisas e depois eram incorporadas aos modelos comerciais.

Em 1985, com apenas 10 anos, passou a competir no Mundial de Motovelocidade, categoria 250 cm³, e, já em 1987, vencia sua primeira prova, com o piloto Loris Reggiani, no circuito de Misano. Um verdadeiro feito contra as gigantes japonesas, por exemplo, com muito mais recursos e tempo de estrada. Em 1997, a marca entrou no segmento das grandes superesportivas, lançando o modelo Mille (com motor V2 de 1.000 cm³), exatamente para brigar com as nipônicas. Recentemente, a marca foi comprada pela também italiana Piaggio, que conservou sua identidade e características.

Tecnologia
Para comemorar os 20 anos de sua primeira vitória em GPs do Mundial de Motovelocidade, a Aprilia construiu o conceito FV2 1200. Segundo a montadora, o modelo é a expressão da sua tecnologia e de seu design, além de indicar os caminhos que vai perseguir no futuro próximo, virando sua menina-dos-olhos. Para tanto, construiu novo motor de 1.197 cm³, dois cilindros em V, inclinados em 90 graus, com duplo comando de válvulas (quatro válvulas por cilindro), equipado com injeção eletrônica e refrigeração líquida, que fornece 134,5 cv a 9.500 rpm e torque de 10,5 kgfm a apenas 4.000 rpm. O visual é futurístico, com motor à mostra, frente bicuda, traseira que parece suspensa e escapes de saída baixa.

Visual futurista não impede que motor fique quase todo à mostra


Para a moto ficar mais compacta, proporcionando maior agilidade e redução das massas, o motor tem função estrutural. A parte superior do quadro (portante) é em fibra de carbono, com caixa de filtro de ar integrada, economizando espaço. Com as reduzidas dimensões, não sobrou espaço para o amortecedor da suspensão traseira, que foi deslocado para a lateral direita e fica aparente, ancorado entre a belíssima balança em fibra de carbono e o quadro. O resultado é um peso a seco de 160 kg. A suspensão dianteira tem sistemas de paralelogramos, em vez de bengalas tradicionais, e já foi testado no Mundial de MotoGP, com uma Aprilia 250. Para completar, conta com freios ABS, controles de tração e eletrônico das suspensões e painel multifuncional, que permite, por telefone celular, transferência de dados, para eventuais ajustes à distância.