Brasileiro é apaixonado por carro, mas mal informado sobre ele. Seguem dez dos enganos mais comuns do motorista...
Pneus “Descobriram” que baixando a pressão aumenta o conforto. Subindo, reduz-se o consumo. Só se “esqueceram” de que ambas as situações reduzem significativamente a durabilidade do pneu, além de interferir no comportamento dinâmico do carro.
Tranco Já se foi o tempo em que automóvel podia pegar “no tranco”, embalado na descida, empurrado pelos amigos ou por outro carro. Se o motor não pega, vai combustível líquido para o catalisador, inutilizando-o.
Fluido Nível dos líquidos deve ser verificado e completado periodicamente. Com exceção do fluido do freio: se ele está baixo, é sinal de vazamento ou de componentes gastos e pedindo substituição. Não se completa o nível, leva-se o carro para a oficina.
Grampo As fábricas desenvolvem cintos de segurança cada vez mais sofisticados, com pré-tensionadores, sistema pirotécnico de ajuste etc. Aí vem o camelô da esquina oferecer, por dois reais, um “grampo” que se prende no cinto para evitar pressão no tórax. E joga por água abaixo os milhões de dólares investidos no equipamento.
Banguela Na época do carburador não tinha o menor problema. Mas em tempos de injeção eletrônica, jogar ponto morto na descida, além de uma afronta à segurança, ainda aumenta o consumo, ao contrário do que pensa a maioria dos motoristas.
Luzes Só se liga o pisca-alerta com o carro parado no acostamento ou parando num engarrafamento. Só se liga luz traseira de neblina durante a própria ou com chuva forte. Ligá-la em noite enluarada só serve para ofuscar quem vem atrás.
Lavar motor Sábado é dia nacional de lavar automóvel. O problema é abrir o capô, pois motor tem alergia a jatos de água. Melhor deixá-lo sujo do que correr o risco de ver queimada a central de injeção ou outro componente eletrônico.
Travas Redondamente enganado o motorista que, ao sair para a estrada, trava as portas, para maior “segurança”. Trava nenhuma contribui para tornar o carro mais seguro, apenas neutraliza a maçaneta. E com um grave problema: se o carro se acidenta na estrada, as portas bloqueadas complicam a operação de socorrer os passageiros.
Até a boca! A mania, se não é do motorista, é do frentista do posto. E o tanque sai repleto até a tampa, com dois efeitos negativos. O primeiro é o combustível que vai em estado líquido para o canister, filtro responsável por neutralizar os gases do tanque, danificando-o. Outro é que, na primeira curva ou subida mais forte, o líquido se derrama e atinge a pintura.
Tira o pé! O lugar do pé esquerdo não é no pedal da embreagem. O da mão direita não é na alavanca de mudança. E o do braço esquerdo, jamais dependurado na porta!
Papo de Roda - Desenganos
Sábado é dia nacional de lavar automóvel, mas lembre-se de que motor tem alergia a jatos de água