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Kwid amplia alternativas

'Em primeira avaliação dinâmica, o Kwid demonstrou desempenho condizente'

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Kwid amplia alternativas
Kwid amplia alternativas Foto: Kwid amplia alternativas

Modelo tem apetrechos que ressaltam o estilo aventureiro, mas daí a classificá-lo de SUV vai certa distância


Se o comprador brasileiro demorou um pouco a entender – e principalmente a aceitar – o conceito de subcompacto, a estreia do Renault Kwid veio para colocar ordem na casa. Faz mais até do que isso, porque seus preços são bastante competitivos, além de fácil memorização: R$ 30 mil, R$ 35 mil e R$ 40 mil para versões de entrada, intermediária e superior, respectivamente.


Bem interessante é o conjunto do projeto de carro acessível, sem muitos sinais explícitos de inferioridade, salvo alguns poucos itens como rodas de três parafusos (irrelevante) ou falta de apoio para o pé esquerdo do motorista (relevante). Guarnições das caixas de rodas na realidade formam o próprio arco, substituindo o metal para ganhar peso e ressaltar o estilo “aventureiro” da moda. Daí a classificá-lo de SUV vai certa distância, apesar de vão-livre de 18cm e bons ângulos de entrada e saída. Na classificação do Inmetro (só para efeito de consumo) outros modelos também se enquadram como SUV, sem sê-lo na prática.

A marca francesa investiu em segurança, em relação ao homônimo indiano, sobretudo reforços estruturais. Quatro airbags (dois frontais obrigatórios e dois laterais), dois engates para bancos infantis e desembaçador de vidro traseiro (tudo de série) são importantes. Ainda assim, torna-se o automóvel mais leve produzido aqui: entre 780kg e 798kg. Considerando a má qualidade de ruas e estradas na maior parte do país, trata-se de um feito de engenharia.

Internamente, destaca-se pelo espaço para cabeça e joelhos no banco traseiro, embora limitado pela largura (só três crianças sentam atrás) e consequente incômodo para cotovelos dos passageiros da frente. Porta-malas de 290 litros permite a melhor acomodação da bagagem nesse segmento. Tanque de combustível tem 38 litros, mas sem prejuízo de autonomia. Consumos, na referência Inmetro, são de 14,9km/l (gasolina)/10,5km/l (etanol) na cidade, e 15,6km/l (g)/10,8km/l (e) na estrada.

Em primeira avaliação dinâmica, apenas da versão superior, batizada de Intense, o Kwid demonstrou desempenho condizente. Apesar de potência e torque baixos para um motor atual tricilindro 1.0 litro – 70cv/9,8kgfm (etanol) – a pouca massa total compensa. A sensação não difere muito de Mobi, QQ e é pouco inferior ao VW up! Nova caixa de câmbio manual é até melhor que a de outros Renault. A posição de guiar elevada assegura boa visibilidade, um de seus pontos altos.

A ergonomia é razoável, com botões de vidros elétricos de fácil acesso no centro do painel – sem necessidade de colocá-los nas laterais de portas e duplicar os comandos. Mas pedal de freio poderia ter desenho melhor. Limpador único de para-brisa (pantográfico) mostra eficiência. O carro enfrenta com indiferença quebra-molas, valetas e desníveis de toda espécie. Relação peso/potência de 11,3kg/cv e aceleração de 0 a 100km/h em 14,7s (etanol, segundo a fábrica) estão dentro do esperado.
Garantia de cinco anos e primeiras três revisões gratuitas formam um pacote bastante adequado nessa faixa de preço. No caso, quem sofrerá mais é o Mobi, pois o VW up! foi deslocado para cima. Também os compactos tradicionais podem ser afetados pelas limitações atuais de poder aquisitivo. Agora as alternativas se ampliam.


RODA VIVA

APESAR de notícias de que o lançamento do VW Polo estaria marcado para 1º de setembro, a coluna antecipa: será em 25 de setembro. Assim, só em outubro chegará às concessionárias, e disponibilidade plena, apenas em novembro. Conjunto mecânico foi pré-avaliado, semana passada por jornalistas, na versão de topo, 1.0 litro turbo/128cv. Dor de cabeça certa para concorrentes.

JULHO apontou redução nas vendas de veículos pela agitação política em Brasília. Assim mesmo, estoques totais subiram apenas um dia, de 34 para 35 (normal). A Anfavea resolveu esperar este mês de agosto (em geral, segundo melhor do ano) para refazer suas previsões de 2017. Exportações continuam a puxar a produção: este ano cresceu 22,4%.

AUDI A5 impressiona não apenas pelas linhas esguias e bastante atraentes. Um sedã/cupê com nível de acabamento que beira o primor. Motor também entrega desempenho ímpar com resposta em baixas rotações superior ao anterior. Precisão de direção e rapidez nas curvas faz esquecer que tem tração dianteira. Houve apenas retoques de estilo, porém convincentes.

APOSTAR em leve atualização visual para manter GLA em evidência foi opção da Mercedes-Benz para seu SUV de entrada, de forte aspecto esportivo, ano/modelo 2018. Grade, lanternas traseiras e aplique no painel podem parecer pouco, mas este modelo ainda está bem atual. Tornou-se alternativa por lembrar um hatch, fugindo da mesmice de aparência de outros.

ORÇAMENTOS mais precisos e rápidos, com menos possibilidade de recálculos que frustram os clientes, estão disponíveis em um novo aplicativo do Cesvi. Dessa forma, um algoritmo, baseado em informações de mais de um milhão de carros acidentados, consegue avaliar pela internet danos e custos de reparação a partir de fotos.

fernando@calmon.jor.br e www.facebook.com/fernando.calmon2