Um SUV de porte médio-grande como o Jeep Commander na versão Overland, de sete lugares, precisava mesmo de um motor mais potente. Afinal, suas dimensões explicam tudo: comprimento, 4.769 mm; entre-eixos, 2.794 mm; largura, 1.859 mm; altura, 1.700 mm. Volume do porta-malas entre 233 e 661 litros (cinco lugares). Seu motor Diesel, 4 cilindros, 2,2 L agora entrega 200 cv e 45,9 kgf·m (ganho de 17,6% e 18,4%, respectivamente, em relação ao de 2 litros).
Câmbio automático continua com nove marchas e o diferencial foi alongado em 14%, o que melhorou o nível de ruído na cabine, um ponto sensível quando se trata de Diesel. Aliás, é necessário ressaltar: ruído, vibração e aspereza (NVH, na sigla em inglês) elevados ficaram no passado desse tipo de motor, mas sempre se pode evoluir como ocorre agora. O Commander ficou melhor nestas três referências, embora o de ciclo Otto ainda seja superior em potência, torque e NVH. Todavia, com gasolina, o preço do veículo cai, enquanto o custo por km rodado permanece maior e alcance menor com o mesmo tanque de 60 litros.
Uma característica que não mudou, em avaliação no dia a dia, foi o nível de assistência em faixa de rodagem, mais intrusivo do que deveria. No uso fora de estrada, que está no DNA da Jeep, a sensibilidade do acelerador é um ponto alto, além do controle de tração bem calibrado, atuação rápida com pouca patinação de rodas e boa transferência de força em pisos de menor e maior aderência.
O alongamento final das nove marchas, visando atender às exigências de consumo e emissões, limitou um pouco o desempenho em terrenos difíceis para superar obstáculos. Entretanto, trafegar em estradas de piso irregular, em velocidades mais elevadas, comprova uma suspensão muito bem calibrada e definida para esse tipo de situação. Outro ponto positivo, o controle de descidas mais radicais mostrou respostas rápidas e precisas.
Preço, com o novo motor Diesel: R$ 309.990.
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