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Componentes do carro: se o prazo de validade vencer, é ruim!

Não adianta explicar que pneu é como remédio e que até o sobressalente expira mesmo guardado no porta-malas

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Alguns componentes do motor devem ser verificados regularmente para evitar prejuízo maior
Alguns componentes do motor devem ser verificados regularmente para evitar prejuízo maior Foto: Alguns componentes do motor devem ser verificados regularmente para evitar prejuízo maior

Prazo de validade é um tema controverso no setor dos automóveis e muitos motoristas insistem em não respeitá-lo quando se trata dos componentes do carro. “Mas meu pneu ainda tem muita borracha e ainda não chegou nem no TWI, o indicador de troca”, ou “tenho mesmo que trocar o óleo do motor de um carro que ainda não rodou 3 mil quilômetros?”

Se o veículo é levado regularmente para a revisão programada pelo fabricante, a oficina substitui os componentes do carro e fluidos que têm prazo de validade. Mas alguns outros, como pneus, devem ser verificados periodicamente pelo próprio dono do automóvel.

O airbag é um suplemento à proteção oferecida pelo cinto de segurança e também merece atenção

https://youtu.be/a-abDig48VQ

É preciso verificar o prazo de validade dos cintos de segurança?

Não existe prazo para substituir os cintos de segurança. É considerado o mais importante componente de segurança (passiva) do automóvel. Muitos inclusive se enganam achando que são os airbags. Negativo, tanto que as bolsas são chamadas de SRS: “Supplementary Restraint System”, ou sistema suplementar de contenção, em inglês. Ou seja, o airbag é um suplemento à proteção oferecida pelo cinto.

Deve-se, contudo, substituir o cinto de segurança no caso de um impacto em que ele tenha efetivamente protegido o ocupante, pois assim perde sua resistência inicial. E também nos casos de carros mais antigos, em que dá sinais de desgaste, fios se soltando ou esgarçados. Não dá para brincar com esses componentes do carro.

Palhetas e pneus também merecem toda atenção

Todos os compostos de borracha se deterioram (oxidam) com o tempo, principalmente esses dois componentes do carro. No caso do automóvel, as palhetas de borracha dos limpadores do para-brisa (e dos faróis e vidros traseiros) devem ser substituídas a cada dois anos. Os pneus têm durabilidade – consensual entre seus fabricantes – de 5 a 6 anos. A partir daí, perdem suas características originais e a aderência com o asfalto. Depois de 10 anos de fabricação, tornam-se perigosos e podem até estourar em velocidade maiores.

Quais são os cuidados com os fluidos?

Não está prevista a substituição de diversos deles, como o da direção hidráulica ou o da caixa de marchas manual. Outros têm validade, como o dos sistemas de refrigeração e de freios, que devem ser substituídos a cada dois anos, independentemente da quilometragem. E também algumas caixas automáticas devem ter o óleo trocado. Mas o nível de todos eles deve ser sempre verificado, para se detectar um possível vazamento.

Óleo do motor: não dá pra vacilar

Apesar de sua essencial importância para a vida do motor, muitos não respeitam o prazo de substituição. Ou não observam as características recomendadas pelo fabricante de viscosidade e aditivação ao trocá-lo. Ou ainda decidem substituir seu filtro apenas a cada duas trocas do óleo, apesar do custo quase insignificante.

Catalisador desenho mostra reação química de conversão de gases tóxicos em inofensivos
Reação química de conversão de gases tóxicos em inofensivos no interior do catalisador (Foto: DMC2/Divulgação)

Componentes do carro como catalisador não podem ser esquecidos

Trata-se de um componente do carro da maior importância para o meio ambiente, colocado no sistema de escapamento para eliminar as nocividades dos gases emitidos pelo motor. Até o ano passado, ele deveria manter suas características durante 80 mil quilômetros. Com a nova legislação de emissões, deve mantê-las por 160 mil quilômetros. Mecânico desonesto insiste em substitui-lo – sem necessidade – para faturar algum no mercado paralelo dos valiosos elementos químicos que o constituem: paládio, rodio e platina. Tem até ladrão especializado em roubar o catalisador para vender estes componentes.

Velas devem ser analisadas pela aparência ou sintomas

Não existe um prazo determinado para a substituição das velas, pois a durabilidade desses componentes do carro depende de sua qualidade, do combustível etc. Mas há um consenso de que devem ser analisadas a cada 50 mil quilômetros, pois muitas vezes sua aparência já indica a necessidade de substituição. Ou por alguns sintomas do motor (falha, variação da marcha-lenta, tosse, consumo, desempenho), que podem também revelar a necessidade de troca, muitas vezes junto com seus cabos.

Correia dentada de motor a combustão de borracha da Dayco em estúdio
A durabilidade da correia dentada varia de 50 mil a 100 mil quilômetros (Foto: Dayco/Divulgação)

Correia dentada: se arrebentar, o prejuízo é grande

Nem todos os motores tiveram sua corrente metálica substituída pela correia dentada, de borracha. E muitas fábricas que o fizeram estão voltando atrás, pelos problemas que apresentam. Teoricamente são ótimas, silenciosas. Mas na prática, a teoria é outra...

Sua durabilidade varia de 50 mil a 100 mil quilômetros, prazo indicado no manual. Algumas mais modernas, lubrificadas por óleo (do motor) podem ultrapassar os 200 mil quilômetros. Mas todas exigem especial atenção caso o carro circule frequentemente em estradas de terra ou em ambiente de mineração. Em caso de dúvida, recomenda-se trocar a correia dentada antes mesmo do prazo previsto, pois, se arrebenta, costuma provocar danos substanciais ao motor.

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