A transmissão automatizada é na prática o câmbio que queria ser automático, mas ficou na metade do caminho. Ela permite que o motorista coloque a alavanca na posição D e assim as marchas vão mudando de acordo com a necessidade. Já na posição M o condutor pode fazer as mudanças conforme sua vontade. O sistema I-Motion da VW tem ainda uma tecla S, que proporciona uma condução discretamente esportiva, e aletas atrás do volante, para as mudanças manuais. A diferença para o câmbio automático convencional é que não há o conversor de torque e com isso as trocas de marchas são sentidas. Mas, por outro lado, o sistema é mais barato do que a transmissão automática e ainda proporciona consumo de combustível menor.
Desempenho
O motor 1.6 flex da Volkswagen faz a sua parte, proporcionando bom torque e potência para o Polo. O problema fica realmente com o câmbio. As arrancadas no plano são até satisfatórias, com um pequeno retardo na resposta. Mas nas subidas, as coisas pioram muito e o hatch chega até a voltar um pouco, exigindo que se queime mais a embreagem. Depois de embalado vai bem e o incômodo fica por conta das mudanças de marcha. A todo momento é aquele vaivém de cabeças dentro do carro. O problema é que a cada troca a rotação do motor chega a cair mais de mil giros, comprometendo o desempenho. Na condição de trocas manuais ou com a tecla S acionada, o carro fica um pouco mais esperto.
Firmeza
Um dos principais atrativos do Polo I-Motion é a suspensão. O carro faz curvas com total segurança, transmitindo confiança para o motorista e proporcionando prazer de dirigir. Mas, por outro lado, a suspensão é um pouco áspera, transferindo para o interior as imperfeições do solo. O desconforto é mais sentido no banco traseiro. A direção foi bem calibrada, garantindo segurança em manobras de emergência em velocidades mais elevadas. O volante tem boa pega e ainda conta com regulagem de altura e distância. O sistema de freios, equipado com ABS (opcional), funcionou de forma eficiente.
Estiloso
O VW Polo é um hatch que agrada pelo visual. Tem estilo robusto, com faróis de duplo refletor e base abaulada, além de grade com barras mais largas. A linha de cintura sutilmente elevada casa bem com o teto arqueado e traseira mais chapada. O espaço interno não é dos melhores, mas proporciona relativo conforto para quatro ocupantes. O porta-malas é pequeno. O acabamento interno agrada visualmente, com materiais que aparentam ser de boa qualidade. A versão Sportline tem interessante pacote de itens de série e opcionais, com equipamentos de conforto, conveniência e segurança.
Ficha ténica
Motor
Dianteiro, transversal, quatro cilindros em linha, oito válvulas, 1.598cm³ de cilindrada, que desenvolve potências máximas de 101cv (g) e 104cv (a) a 5.250rpm e torques máximos de 15,4kgfm (g) e 15,6kgfm (a)a 2.500rpm
Transmissão
Tração dianteira, com câmbio automatizado de cinco marchas
Suspensão/Rodas/Pneus
Dianteira, independente, tipo McPherson, com braços triangulares transversais e barra estabilizadora; e traseira interdependente, com braços longitudinais/ 6,0 x 15 polegadas (liga leve) / 195/55 R15
Direção
Do tipo pinhão e cremalheira, com assistência hidráulica
Freios
A discos ventilados na frente e tambores na traseira, com ABS (opcional)
Capacidades
Tanque, 50 litros; porta-malas, 250 litros; carga útil, 475kg (passageiros bagagem)
Dimensões (A x B x C) (m) (*)
3,91 x 1,65 x 1,50
(D x E) (m) (*)
2,46 x 1,90
Peso (kg)
1.105
Velocidade máxima (km/h) (**)
187 (g)/189 (a)
Aceleração até 100 km/h (s) (**)
11,6 (g)/11,3 (a)
Consumo cidade (km/l) (**)
ND
Consumo estrada (km/l) (**)
ND
(*) A: comprimento; B: largura; C: altura; D: entre-eixos; e E: medida de conforto (distância entre o pedal do freio e o encosto do banco traseiro)
(**) Dados dos fabricantes
ND - Não disponível