Finalmente a Volkswagen alterou significativamente o acabamento interno do Fox, um dos pontos fracos do modelo. O quadro de instrumentos de difícil leitura foi abolido por outro maior e melhor. As pequenas alterações de estilo surtiram efeito e o conjunto externo passa a ter aspecto bem mais agradável. Modelo avaliado é equipado com transmissão automatizada. Trata-se de uma caixa de marchas convencional, com possibilidade de troca automática, mas os trancos ainda incomodam.
Reforma eficiente
Não são raros os casos em que a alteração de estilo cai bem para um modelo. O do Fox é um exemplo. As linhas do VW Fox sempre agradaram, mas faltavam alguns detalhes de estilo. Os novos desenhos do farol e retrovisores, a grade frontal e estilo da traseira formam conjunto mais agradável. Mas a tampa traseira fica menos prática com a ausência da maçaneta da tampa, que agora só pode ser aberta por meio de chave, controle remoto ou comando no painel central. Por outro lado, não há risco de esquecê-la destrancada, à mercê do amigo do alheio.
Interno
O mais agradável da reforma é o acabamento interno. A primeira geração pecava neste item. O aspecto visual dos plásticos mudou para melhor. O porta-luvas tem tampa e está bem mais fácil realizar a leitura no quadro de instrumentos, com tipografia maior. A gaveta sob o banco do motorista permanece. Os painéis de porta evoluíram no aspecto visual. Enfim, mudou e para melhor. Porém, mesmo com qualidade superior, os rangidos de plásticos persistem. O volante que equipa a versão Prime é revestido em couro e contém comandos do sistema de telefonia Bluetooth e som.
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Espaço
O trunfo da carroceria do Fox é o espaço interno. O banco traseiro pode opcionalmente ter regulagem longitudinal, aumentando-se espaço para passageiros ou no porta-malas, que tem aproveitamento vertical. Na horizontal, é melhor. No banco traseiro, há espaço suficiente para três adultos. Os ocupantes traseiros ficam em posição elevada.
Câmbio
A transmissão automatizada é solução intermediária entre a manual e a automática. A vantagem é o menor custo em relação à automática. O sistema evoluiu, mas os trancos persistem e incomodam. No trânsito lento e pachorrento dos grandes centros, esse efeito é mais sentido. Em rotações e velocidades mais elevadas, o desconforto diminui. Há também a possibilidade de troca manual por meio de toques na alavanca ou acionando-se as aletas instaladas no volante (ver avaliação técnica). A solução ideal é o mesmo sistema com duas embreagens, chamado de estado da arte, mas o custo é muito alto.
A vantagem é investir pouco para não ter que pisar no pedal da embreagem. A diferença do sistema automatizado para a caixa manual convencional é justamente o modo de acionar a embreagem. O automatizado não tem pedal. O macete é acostumar-se com o sistema para evitar trancos nas trocas de marcha.
Dirigindo
O motorista fica também em posição elevada e a maioria dos comandos, ao alcance das mãos. O comportamento dinâmico agrada. O motor 1.6 flex tem bom torque, mas falta elasticidade. O consumo com álcool na cidade variou de 4,6km/l a 5,8km/l. Na estrada, chegou a 9,5km/l. A versão topo de linha tem muitos itens de conforto e conveniência de série e opcionais, mas, com todos os equipamentos, o preço supera a barreira de R$ 50mil, o que é muito.
Veredito
O Fox é um carro apropriado para os centros urbanos pelas dimensões, mas o fabricante ainda fica devendo em segurança: faltam apoio de cabeça central e cinto de três pontos também para o ocupante do assento central traseiro. ABS e airbags continuam na lista de opcionais.
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Veja os equipamentos e ficha técnica do modelo..