Se o Ford Focus faz jus ao slogan carro para quem gosta de carro, o Passat CC merece o de puro prazer. O sedã é em formato cupê ? os puristas podem torcer o nariz ?, mas a linha traseira no estilo fastback não deixa dúvida: trata-se de um cupê com portas traseiras. Se o mundo muda constantemente e o automóvel mais ainda, não se pode negar que é um novo estilo inaugurado pela Mercedes CLS.
O encantamento pela carroceria de linhas fluidas do CC ?que significa cupê conforto ? começa pela dianteira com faróis alongados direcionais, que acompanham o movimento do volante, se estende pelas laterais com a ausência da janela falsa presente na maioria dos modelos e termina no estilo fastback traseira. É justamente por isso que a janela triangular é dispensável.
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O interior é requintado, com material emborrachado no painel central. Bancos esportivos bem anatômicos, principalmente os dianteiros, forrados em couro e com múltiplas regulagens elétricas, adaptando-se bem a motoristas de estaturas diversas. No banco traseiro, há espaço para duas pessoas separadas pelo enorme console com apoio de braço.
Requinte
O charme do modelo não se deve apenas ao acabamento interno esmerado. A segurança está em evidência com diversos tipos de airbags, controles eletrônicos de tração, de estabilidade e bloqueio central de diferencial. O freio de estacionamento eletrônico tem função auto-hold, que mantém o carro estático em parada no plano, aclive e declive, enquanto não se pressiona novamente o pedal do acelerador. Os faróis bixenônio com lavador e ajuste automático de altura completam a segurança.
Dirigindo
Sob o capô, está o coração forte e potente do CC. A saída dupla do escapamento traseiro não é apenas firula. O motor V6 de 3.6 litros e mais de 35kgfm de torque proporciona desempenho excepcional o tempo todo. Basta pressionar o acelerador para se ter respostas imediatas. O câmbio é automatizado DSG de dupla embreagem com trocas suaves e sem trancos. O segredo é que duas marchas, uma forte e outra fraca, ficam sempre pré-engatadas à espera da vontade do motorista. 
Diferentemente dos automatizados de embreagem única que equipam modelos de menor preço e em voga no Brasil. Se o desempenho entusiasma, o sistema de tração integral permanente nas quatro rodas proporciona dirigibilidade agradabilíssima e segura. O Passat CC parece não ter limites, mesmo quando se abusa da curva de quarteirão na calada da noite. Incrível o carro. Os freios são tão eficientes quanto o potente motor.
A suspensão independente nos dois eixos mantém o carro grudado no chão. O senão são os pneus de perfil muito baixo, que transferem um pouco as imperfeições em piso irregular. Nada exagerado para a pouca altura dos pneumáticos. A altura em relação ao solo é pouca e esbarra-se em saída de garagem e também em quebra-molas. A VW fica devendo dispositivo de regulagem da suspensão, que equipa versão vendida na Europa. A brasileira conta ainda com aviso de pressão de pneus.
Conclusão
Se os clientes de marcas de grifes como as germânicas Audi, BMW e Mercedes, além das japonesas Acura, Infiniti e Lexus, não derem muita bola para o logotipo da grade dianteira, não terão do que queixar ao bispo do Passat CC, que será batizado ainda este ano pela Audi de A7. Além de pagarem bem menos. O carro importado da Alemanha é o melhor Volkswagen de todos os tempos e a sofisticação, prazer de dirigir e qualidade de construção estão em evidência.
Notas (0 a 10)
Desempenho 10
Espaço interno 8
Porta-malas 8
Suspensão/direção 9
Conforto/ergonomia 9
Itens de série/opcionais (custo/benefício) 10
Segurança 10
Estilo 10
Consumo 8
Tecnologia 9
Acabamento 9
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