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Toyota Hilux SW4 SRV V6 4.0 - Truculência explícita

Utilitário esportivo produzido na Argentina tem capacidade para sete pessoas, com bom espaço interno e eficiente conjunto mecânico. Mas é muito grande e pouco prático

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Enquanto alguns procuram carros menores para tornar mais prático o ir e vir no tumultuado trânsito urbano, outros preferem os modelos maiores, com dimensões avantajadas e conjuntos mecânicos poderosos. Os utilitários esportivos se encaixam perfeitamente na segunda opção e, para muitos, ainda são sinônimo de status e segurança. A Toyota participa do segmento com o Hilux SW4, que tem entre as versões a SRV V6 4.0 com câmbio automático, tração 4x4 e reduzida. É um modelo que se impõe pela truculência de seu estilo e valentia no asfalto e na terra. Mas é um carro pouco prático na cidade e muito duro no fora de estrada.

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Estilo

A linha 2010 da Toyota Hilux SW4 mantém o mesmo estilo robusto, com grandes dimensões, frente alta marcada por grade com moldura cromada e faróis retangulares de duplo refletor. A parte inferior do para-choque dianteiro tem pequena abertura, mantendo o radiador mais protegido. Nas laterais, destaque para as caixas de rodas com moldura salientes, que enfatizam ainda mais a robustez, além dos providenciais estribos, auxiliando no embarque e desembarque. O utilitário é muito alto e pessoas com dificuldade de locomoção sofrem para entrar e sair. A traseira tem lanternas grandes que invadem a tampa do porta-malas. A ampla área envidraçada favorece a visibilidade nas laterais, mas na traseira é ruim.

Segunda fileira não conta com encosto de cabeça para o passageiro do meio



Espaço

Mas o principal apelo do utilitário da Toyota é o amplo espaço interno. O modelo tem capacidade para sete ocupantes, com três fileiras de bancos. Nas duas primeiras, quatro adultos viajam com relativo conforto. A segunda fileira se movimenta longitudinalmente, tem encosto bipartido e reclinável, facilitando o acesso à terceira. O espaço para as pernas ali é bom, mas o assento não apoia bem. No meio, o encosto mais duro —tem apoio de braço embutido — incomoda. Falta o apoio de cabeça central e o cinto ali é abdominal. A terceira fileira tem dois bancos que só servem para crianças, pois são baixos e têm encosto muito reto. São rebatíveis e contam com cintos de segurança de três pontos. Com esses bancos montados o volume do porta-malas é limitado para o tamanho do carro. Mas, se os assentos forem rebatidos, o compartimento de carga aumenta significativamente.

Acabamento

O utilitário esportivo tem um interior com aparência agradável. O acabamento conta com materiais de boa qualidade, com couro macio nos bancos e painéis de porta. O painel é feito com plástico de qualidade superior e tem apliques que imitam madeira, mas por ser um pouco recuado dificulta o acesso a alguns comandos. Os instrumentos redondos de fundo preto são de fácil visualização e conta com mostrador de marchas engatadas e computador de bordo. O carro conta ainda com diferentes porta-trecos, volante com comando do som e banco do motorista com ajustes elétricos.

Dirigindo

Depois de se acomodar no banco do motorista e encontrar a melhor posição para dirigir, o que não é muito fácil, percebe-se por que o Hilux SW4 é tão imponente. Pelo fato de o veículo ser mais alto, tem-se uma visão superior do trânsito. A complicação vem na hora de fazer manobras para estacionar, pois, além das dimensões avantajadas, o modelo tem direção com diâmetro de giro longo, exigindo paciência. O motor V6 a gasolina tem muito torque e potência, garantindo respostas rápidas às acelerações. O câmbio automático de quatro marchas, com relações bem escalonadas, contribui para o bom desempenho e ainda proporciona trocas suaves, sem trancos. Mas não tem a opção de trocas manuais sequenciais. O computador de bordo acusou um consumo médio (cidade/estrada) de 5,9km/l.

Na lama

A aptidão aventureira do SW4 não fica só na aparência. Além de ser dotado de pneus de uso misto, o modelo conta com sistema de tração 4x4, com reduzida e diferencial central bloqueado. As trocas são feitas em pequena alavanca localizada no console central, atrás do câmbio de marchas. O motorista tem as opções das posições H (para velocidade altas no asfalto), HL (velocidade alta e diferencial central bloqueado, evitando que as rodas patinem) e LL (velocidade baixa, diferencial central bloqueado e tração máxima). No fora de estrada, o utilitário mostra desenvoltura, pois tem boa altura do solo e bons ângulos de ataque e saída. Passa fácil por trechos com lama, estrada cascalhada e trilhas com piso irregular.

Galeando

O problema maior do utilitário esportivo da Toyota é a firmeza quando trafega no asfalto em velocidades mais elevadas. Por ser mais alto, o modelo apresenta uma tendência à instabilidade direcional, galeando em determinadas situações. Além disso, as suspensões não filtram bem as imperfeições do solo, causando certo desconforto. Já o sistema de freios funcionou de forma eficiente, com ABS atuando nas quatro rodas.

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