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Renault Mégane Coupé Cabriolet - O céu é o limite

Renault Mégane Cupê Cabriolet tem teto rígido e motor de quatro cilindros. Carro tem banco traseiro limitado, acabamento caprichado e comandos bem posicionados

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Linhas harmônicas da carroceria, com teto fechado, realçam a beleza do cupê, que é muito seguro.

A idéia de um conversível, com o teto rígido, que se recolhe no porta-malas, não é nova. Na década de 30, a Peugeot já tinha um automóvel assim, e vários americanos na década de 50 ousaram essa mesma solução. A montadora que relançou o cupê cabriolé foi a Mercedes-Benz, em 1996, com o modelo SLK. E não faltaram seguidores, principalmente entre os europeus.

Boris Feldman dirigiu o Mégane CC na França! Confira!

O Mégane CC surgiu em 2003 e foi reestilizado em 2006. Os estilistas da Renault acertaram em cheio na família Mégane que tem dois modelos produzidos no Brasil, o sedã e a perua Grand Tour. No mercado nacional, não tem volume que justifique investir num conversível. Mesmo assim, a Renault começou recentemente a exportar o cupê cabriolé para o Brasil.

Mecânica
O modelo avaliado na França tem motor 2.0 de quatro cilindros, 136 cv, semelhante ao que equipa no Brasil o Scénic e o Mégane (138 cv). O câmbio é automático de quatro marchas, do tipo Proactive, que se ajusta ao estilo do motorista. Ambos se comportam bem no trânsito urbano, mas na estrada, o carro 'pede' pelo menos mais uma marcha. Ou um motor com mais umas duas dezenas de cavalos sob o capô - a versão turbo tem exatos 163 cv. A direção com assistência elétrica tem o mesmo comportamento: boa e macia na cidade, mas poderia ser mais precisa na estrada.

Cupê de teto rígido se transforma em conversível em apenas 22 segundos, por comando localizado no console central: capota fica recolhida no porta-malas, que tem a capacidade reduzida para 190 litros


Conforto
Carro ideal para duas pessoas. E, se forem altas e empurrarem os bancos para trás, deixa espaço apenas para duas crianças no banco traseiro. O acabamento interno é caprichado, materiais de boa qualidade, ergonomia no ponto, painel e comandos corretos, como no resto da linha Mégane. O acionamento elétrico do teto é rápido: em 22 segundos, a operação está completa. Sem o teto, o ruído do motor se mistura com o do vento, normal num conversível. Com o teto fechado, na estrada, o nível de ruído incomoda em rotações mais elevadas, pela falta de uma ou duas marchas.

Porta-malas
Tem volume de sedã com o teto levantado: 490 litros. Mas não faz mágica: perde 300 litros para guardar o teto e aí (com 190 litros) dá para levar exatamente uma mala e uma sacola. Como em outros modelos cupê cabriolé.

Segurança
A Volvo que se cuide, pois a Renault está tomando seu espaço. O Mégane CC, por exemplo, é o único da categoria com cinco estrelas no exigente teste Euro NCAP: tem airbags frontais e laterais, monitoramento dos pneus, ABS, BAS, ESP e arcos traseiros que se levantam automaticamente, quando os sensores detectam possibilidade de capotamento.

Comportamento
Não tem desempenho excepcional, mas coerente para quem quer curtir um conversível. O peso de 1.400 kg não atrapalha, mas a caixa automática não ajuda. O câmbio manual de seis marchas, que equipa o sedã e a perua, cairia como uma luva. O carro é firme e tem ótima suspensão. Macio sem ser molenga. Os freios são a disco nas quatro rodas, completando o bom conjunto mecânico. Dá prazer de dirigir, principalmente nas boas estradas francesas (e com o céu azul...).

Preço
No Brasil, o Mégane Coupé Cabriolet tem motor 2.0 16V, câmbio automático de quatro marchas; freios ABS; seis airbags; e cintos de segurança com pré-tensionador e limitador de esforço. Preço: R$ 124.890.

Leia mais sobre o Mégane e confira o teste do Mégane sedã e do Mégane Grand Tour no Veja Também, no canto superior direito desta página.  Aproveite para ler o comparativo entre Mégane e Vectra.