Monovolumes são veículos apropriados para a família e o sucesso pelo mundo afora começou com o Renault Espace, modelo maior do que o Scénic. O primeiro Scénic, que ainda é fabricado no Brasil, foi lançado na Europa em 1996. Tem comprimento de hatch médio, mas é mais largo e alto. Por isso, o espaço interno é amplo. Bancos são individuais e os traseiros têm regulagem longitudinal. A modularidade é atrativo dos monovolumes.
O Grand Scénic é derivado da atual geração do Mégane, também produzida no país - sedã e perua -, e mantém a versatilidade. Porém, tem o mesmo comprimento do sedã. O trunfo do Grand Scénic são os dois bancos suplementares instalados no compartimento de bagagem. São sete lugares e seu concorrente direto será o Citroën C4 Picasso, que começa a ser vendido no mercado nacional este mês. Os dois são importados da França. O único monovolume nacional de sete lugares é o Chevrolet Zafira, derivado do Astra.
Os bancos suplementares são apropriados para crianças até mesmo pelo acesso mais difícil. O monovolume permite interação total e proporciona conforto para adultos e crianças. A vocação familiar é evidente. E forma-se ambiente agradável sem apertos, mesmo com sete ocupantes tagarelando. Os bancos suplementares são tão seguros quanto os outros pelos reforços na parte traseira do veículo e têm cinto de três pontos e apoio de cabeça. O manuseio é fácil e quando não estão em uso ficam escamoteados no porta-malas. Os bancos suplementares diminuem bem o espaço destinado às bagagens. O vidro traseiro pode ser aberto separadamente da tampa, o que significa menos esforço para colocar e retirar objetos menores.
Lúdico
O aspecto lúdico do Grand Scénic são os porta-objetos no assoalho traseiro e as mesinhas para lanche nos encostos dos bancos dianteiros. No Grand Scénic, chamam a atenção o freio de estacionamento de acionamento elétrico e o teto panorâmico de vidro, nova mania mundial, que é opcional. O quadro de instrumentos digital fica no centro do painel e o motorista tem que desviar o olhar para fazer a leitura. Pouco prático, mas os fabricantes franceses gostam.
Segurança
Há seis airbags, controle de estabilidade, ABS, além de apoios de cabeça e cinto de três pontos para os sete ocupantes. Acabamento é esmerado, aumentando o bem-estar a bordo. O estilo é marcado por linhas retilíneas ousadas, faróis grandes e vidro traseiro reto, em ângulo de 90 graus.
Concorrente
Dirigindo
A posição de dirigir é excelente e a alavanca de marchas fica no painel, muito bem posicionada. A visibilidade é muito boa. O motor 2.0 é apenas suficiente por causa do peso. As ultrapassagens devem ser feitas com cuidado, pois a lentidão é notória nas retomadas de velocidade. A transmissão é automática de quatro marchas, com possibilidade de troca manual por meio de toques na alavanca. O sistema interpreta as intenções do motorista e se adapta ao modo de dirigir, reduzindo e trocando as marchas no momento certo. Mas falta a quinta marcha, que melhoraria o desempenho e reduziria o consumo.
Impressiona o ótimo comportamento dinâmico, principalmente para um monovolume que tem centro de gravidade elevado. A suspensão está bem calibrada e o rodar macio proporciona conforto aos ocupantes. Como o nome diz, o carro é grande, mas fácil de dirigir. E merece motor de maior cilindrada.
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