UAI

PT Cruiser 2.4 Classic - Hot de fábrica

Chrysler importa do México versão mais barata de um verdadeiro sucesso de design

Publicidade
SIGA NO google-news-logo
Leilão acontecerá no dia 17 de novembro Fotos: RM Sotheby’s/Divulgação

O PT Cruiser não é um carro para quem quer passar despercebido no trânsito. Embora seja importado, com praticamente a mesma carroceria, desde 2001, suas linhas ainda são capazes de chamar bastante a atenção, seja pela charmosa mistura de nostalgia e modernidade, que o coloca como um verdadeiro ‘hot de fábrica’; seja pela esportividade, que se espalha por todo o carro. Detalhes como a enorme grade dianteira cromada, o formato em cunha da tampa do motor, os faróis abaulados na parte de baixo, a linha de cintura alta, as lanternas pequenas e a tampa traseira quase quadrada, mostram como o esportivo consegue um bom equilíbrio entre passado e presente.

Por dentro, a filosofia retrô continua abundante: painel usa material plástico que imita aqueles de metal, presente nos carros das décadas de 40 e 50; instrumentos têm formatos circulares e fundo branco; e até as saídas de ar ganharam aros cromados. Chama a atenção um pequeno e elegante detalhe: relógio analógico bem no centro. O volante também segue o mesmo caminho nostálgico, mas o seu diâmetro grande não ajuda nas manobras (principalmente de estacionamento), que já são prejudicadas pelo diâmetro de giro muito longo. Outro ponto negativo é o acionamento da buzina, muito difícil. A localização dos comandos dos vidros, no centro do painel, também prejudica a ergonomia. A bola na ponta da alavanca de marcha também remete ao passado.

A posição de dirigir mais alta favorece a visibilidade dianteira. O motorista conta com regulagens elétricas de altura e horizontal do banco, e de altura (manual) da coluna de direção. Mas nem os retrovisores de bom tamanho conseguem ajudá-lo a ter boa visibilidade traseira, já que o encosto do banco traseiro é muito alto. O espaço interno é bom, mas favorece mais os passageiros do banco de trás. O porta-malas tem excelente capacidade (538 litros) e recursos interessantes, como a possibilidade de regulagem, em duas posições, da tampa interna (o bagagito) e alças de fixação no piso. Além disso, os bancos traseiros são fáceis de rebater, fazendo com que o PT Cruiser vire um verdadeiro furgão, bem ao estilo dos veículos de entrega das décadas de 40 e 50.

Comandos dos vidros estão mal posicionados. Já a tampa do porta-malas por ser encaixada em duas posições


Equipado

Embora tenha perdido itens, como computador de bordo, bancos em couro e rodas de liga leve, existentes na versão Limited, a Classic ainda tem uma ampla lista de equipamentos de série de conforto e segurança. O sistema de ar-condicionado é eficiente e a direção hidráulica tem boa calibragem. O sistema de som, embora não ofereça CD Player com MP3, é de ótima qualidade. Como um bom americano (o carro foi projetado nos EUA, mas é fabricado no México), o PT Cruiser tem controle automático de velocidade, com comando na coluna de direção. O pacote de segurança é bem completo: freios ABS, airbags frontais e laterais, controle de tração, regulagem interna de altura dos fachos dos faróis, retrovisores externos com desembaçador e três cintos de três pontos e três apoios de cabeça no banco traseiro.

Na parte mecânica, o motor 2.4, de 143cv, não é exatamente o que se espera de um hot, mas dá conta do recado. O propulsor demora um pouco para reagir aos comandos do acelerador, principalmente nas arrancadas e retomadas, mas, depois de ‘acordado’, o PT Cruiser vai bem. Talvez rendesse melhor (aproveitasse mais o torque), se o câmbio automático fosse de cinco e não de quatro marchas. Na opção de troca manual, o carro reage um pouco mais rápido, embora seja estranho o movimento transversal (e não longitudinal) da alavanca. A suspensão não acompanha ritmo mais esportivo e exige um pouco de cautela em curvas mais fechadas.

Leia mais e assista ao teste do PT Cruiser no Veja Também, no canto superior diteito desta página. Para ver mais fotos, veja a nossa Galeria de Fotos.