Faróis assimétricos, linha de cintura ascendente e curva do teto caindo em direção à traseira são os traços marcantes desse hatch médio da marca japonesa importado do México. A caída do teto dita o design automotivo atual, que é muito evidente no Citroën C4 de duas portas. As linhas não causam furor nem tampouco desagradam, mas carecem de ousadia. Trata-se do mesmo Tiida que começou a ser vendido no Brasil em 2007 como modelo 2008.
A coluna A (dianteira) é de monovolume, a mesma do Livina. Por isso, a boa visibilidade na dianteira, que contrasta com a da lateral traseira por causa da largura da coluna C. Modelo usa plataforma B da Nissan, que é a mesma de alguns modelos não disponíveis no mercado nacional, como o monovolume Cube. Veja mais fotos do Tiida flex!
O Tiida é hatch importado do México e não paga impostos de importação por causa do acordo comercial com aquele país. Concorre em segmento dos mais disputados e, como a maioria, passa a ter três anos de garantia.
É fácil de dirigir e encontra-se logo a melhor posição ao volante, que tem apenas regulagem de altura da coluna. Falta a de distância. O banco do motorista tem regulagem de altura, o que facilita para condutores de diversas estaturas. O quadro de instrumentos é de fácil leitura, mas falta o termômetro de temperatura do motor, substituído pela nem sempre eficiente luz espia. O acabamento do painel central passa a sensação de qualidade, embora o material utilizado não seja emborrachado.
Há diversos porta-objetos em torno do motorista e passageiro da frente: no console central, atrás e à frente do freio de estacionamento, porta-óculos, entre outros. É a conveniência. O conforto no banco traseiro, que tem regulagem longitudinal, é bom. Pode-se aumentar o espaço para as pernas e diminuir o do porta-malas ou o contrário, dependendo da necessidade. Com o banco traseiro todo para trás, sobra espaço para os ocupantes e diminui-se muito o do porta-malas. O oposto limita bastante o conforto para adultos. O encosto do banco traseiro é regulável em duas posições e pode ser rebatido.
Flex
A principal novidade do Tiida é o motor 1.8 flex. O design é o mesmo desde quando o Tiida começou a ser vendido no país. A versão anterior era equipada com propulsor a gasolina. Porém, os consumos de álcool e gasolina são elevados, conforme o computador de bordo: 4,3 km/l (álcool) e 6,2 km/l (gasolina) na cidade. O desempenho é muito bom em todas as situações. O motor 1.8 responde prontamente aos comandos do acelerador em acelerações ou retomadas de velocidade. A diferença de desempenho entre os dois combustíveis praticamente inexiste, pois a diferença de potência é de apenas um cavalo e o torque é o mesmo (ver ficha técnica).
Nissan x Concorrentes
Nissan X Concorrentes | |
Modelo | Preço (R$) |
Nissan Tiida S 1.8 flex manual | 51.890 |
Nissan Tiida SL 1.8 flex básico aut | 60.780 |
Nissan Tiida SL 1.8 flex completo aut | 61.730 |
Citroën C4 GLX 2.0 | 60.800 |
Volkswagen Golf 2.0 | 61.630 |
Ford Focus GLX 2.0 | 62.590 |
Fiat Stilo 1.8 Sporting Dualogic | 64.018 |
Chevrolet Vectra GT-X 2.0 | 64.134 |
Peugeot 307 Feline 2.0 | 68.500 |
O câmbio automático de quatro marchas penaliza o consumo, que seria menor se houve mais uma velocidade na transmissão. As trocas não são suaves e os trancos leves incomodam pouco. Há controle eletrônico sem possibilidade de trocas manuais. Pode-se apenas engatar primeira ou segunda marchas para poupar freio em descida.
O sistema de suspensão privilegia a estabilidade, um dos destaques do Tiida, com excelente comportamento dinâmico. O carro é duro em piso irregular e transfere as imperfeições para o habitáculo sem exagero.
Veja a avaliação técnica, os equipamentos de série e os opcionais do Tiida flex no Veja Também, no canto superior direito desta página.
