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Nissan March 1.6 com novo câmbio CVT tem desempenho linear; confira o teste!

Confira como o Nissan March SL ficou com a união entre o motor 1.6 e o câmbio automático CVT, a principal novidade da linha 2017. Nova transmissão acrescenta R$ 4.800 ao modelo

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Nissan March 1.6 com novo câmbio CVT tem desempenho linear; confira o teste!
Nissan March 1.6 com novo câmbio CVT tem desempenho linear; confira o teste! Foto: Nissan March 1.6 com novo câmbio CVT tem desempenho linear; confira o teste!

Sem grandes novidades desde sua reestilização, em meados de 2014, o Nissan March volta para testes equipado com o câmbio automático CVT, que estreou na linha 2017 do compacto. A nova transmissão está disponível na motorização 1.6 para as duas versões mais completas, acrescentando R$ 4.800 ao preço das mesmas versões equipadas com câmbio manual. A unidade testada foi a 1.6 SL CVT, a topo de linha.

O casamento entre o motor 1.6 e o câmbio CVT proporciona prazer ao dirigir o compacto. O ritmo do Nissan March CVT se mostrou perfeito para o trânsito urbano, onde o ganho linear de velocidade é o melhor compasso para alcançar um desempenho na medida certa e um menor consumo de combustível – porque assim você corre menos e freia menos, além de não se preocupar com as trocas de marcha, que são ainda mais desgastantes no para e anda de um congestionamento. Outra vantagem do CVT são as trocas de marcha sem trancos.

Apesar do desempenho linear, o hatch é capaz de ganhar velocidade rapidamente, eliminando a velha crítica de que veículos com câmbio CVT são entediantes, fornecendo boa resposta quando provocado para uma ultrapassagem ou retomada. O câmbio conta com a função Overdrive, acionada por um botão na lateral do pomo da alavanca, que otimiza essas respostas. Também há a posição Low no câmbio, que mantém em marcha reduzida para auxiliar o motorista em descidas com o freio-motor ou em subidas mais íngremes).

O conforto proporcionado pela suspensão também é item a se destacar, mesmo essa versão estando equipada com pneus de perfil mais baixo (185/55/R16) que o das convencionais (165/70/R14). Além de filtrar bem as irregularidades do piso, o conjunto oferece confiança nas curvas. A direção tem assistência elétrica variável, leve na hora de manobrar e firme em velocidades elevadas.

Porta-malas do Nissan tem 265 litros de volume, condizente com a categoria dos compactos

ESPAÇO Apesar das medidas compactas, que dão boa agilidade ao March, seu interior oferece bom espaço para os ocupantes. Desde que os passageiros da frente não sejam muito altos (ou muito folgados!), é possível ter um espaço satisfatório para pernas também no banco traseiro. A exceção é o passageiro central, que não pode se acomodar bem devido ao túnel do assoalho. O porta-malas abriga o estepe (de medida menor que os pneus de uso) e oferece espaço condizente com sua categoria.

Com preço sugerido beirando os R$ 60 mil, salta aos olhos a falta de alguns itens no March SL 1.6 CVT: dos vidros elétricos, apenas o do motorista tem a função automática, ainda assim apenas para abrir a janela; apoio de cabeça e cinto de três pontos para o passageiro traseiro central; banco traseiro bipartido; iluminação em alguns botões do painel; sistema Isofix para colocação de assento infantil; além de porta-trecos mais bem pensados.

Acabamento é simples, com uso de muito plástico, presente nas cores preto e prata

Quanto ao conteúdo, os pontos fortes dessa versão são faróis com máscara negra, rodas de liga leve de 16 polegadas, central multimídia com navegador, câmera traseira, ar-condicionado digital e faróis de neblina. O acabamento é simples, com direito a muito plástico preto no painel e molduras em plástico prateado, além do painel central em preto brilhante. O toque de requinte fica por conta do belo revestimento em tecido dos bancos, com a região central parecida com veludo, detalhe também empregado nos painéis de porta dianteiros.

MERCADO Além de atender ao mercado de pessoas com necessidades especiais (que ganham subsídios para a compra), a inserção do câmbio automático coloca o March como mais uma opção entre os compactos que, atendendo a uma demanda dos clientes, já exploram esse filão. Levando em conta sua principal característica, o câmbio CVT, um possível concorrente é o Honda Fit 1.5 CT DX – sua versão automática mais barata –, apesar de ter maior comprimento e entre-eixos e pertencer a um nicho considerado premium.

No banco traseiro, faltam apoio de cabeça e cinto de três pontos para o passageiro central

Os demais concorrentes são mais parecidos em segmento e tamanho, trazendo câmbios automáticos convencionais. Tem um grupo de franceses – Peugeot 208 1.6 Auto Allure e Citroën C3 1.6 Auto Tendance – que traz câmbio automático de quatro marchas, mas são mais bem equipados. Outro adversário com câmbio automático de quatro marchas é o Toyota Etios 1.5 XLS AT, com nível de equipamentos semelhante. Com câmbios automáticos de seis marchas existem o Hyundai HB20 1.6 Auto Comfort Style e o Chevrolet Onix 1.4 LTZ Automático, também com itens de série parecidos.

Um resumo para ajudar a colocar o modelo na balança: do ponto de vista mecânico e de desempenho, o modelo testado não fica devendo a nenhum concorrente, pelo contrário. Outros pontos positivos são o espaço interno e o baixo consumo de combustível. Apesar de ter uma boa central multimídia e belas rodas de 16 polegadas, ele peca em alguns itens básicos e ainda fica devendo em design e acabamento, já que tem um dos projetos mais antigos. Por fim, assim como os concorrentes, seu preço é surreal, mesmo para um modelo automático.

Roda de liga leve de 16 polegadas é um item exclusivo da versão topo de linha

CONECTIVIDADE
É a central multimídia dos conectados, pois já vem com vários aplicativos populares, como Waze, Spotify e YouTube, além de uma memória livre de 1GB para baixar outros apps. O acesso à internet pode ser via wi-fi ou por meio do compartilhamento com o smartphone. Apesar do aplicativo de navegação, o sistema traz seu próprio GPS. Geralmente usada para a função de telefonia, a tecla de comando de voz localizada no volante apenas efetua uma chamada para o último número registrado. As mídias disponíveis são rádio, CD/DVD, Bluetooth (com streaming), entradas USB e auxiliar. Tudo a partir da tela tátil de 6,2 polegadas.

FICHA TÉCNICA

» MOTOR
Dianteiro, transversal, quatro cilindros em linha, 16 válvulas, 1.598cm³ de cilindrada, flex, que desenvolve potência máxima de 111cv (gasolina e etanol) a 5.600rpm e torque máximo de 15,1kgfm (g/e) a 4.000rpm

» TRANSMISSÃO
Tração dianteira e câmbio automático CVT

» SUSPENSÃO/RODAS/PNEUS
Dianteira, independente, tipo McPherson; e traseira tipo eixo de torção/ 16 polegadas (liga leve) / 185/55 R16

» DIREÇÃO
Do tipo pinhão e cremalheira, com assistência elétrica variável

» FREIOS
Discos ventilados na frente e tambores na traseira, com ABS e EBD

» CAPACIDADES
Tanque, 41 litros; capacidade de carga (passageiro e carga), não divulgada

EQUIPAMENTOS

» DE SÉRIE
Alarme, ar-condicionado digital, banco do motorista com regulagem de altura, computador de bordo, limpador e desembaçador do vidro traseiro, direção elétrica, faróis de neblina, regulagem elétrica dos retrovisores, vidros e travas elétricas, faróis com máscara negra, aerofólio, rodas de liga leve de 16 polegadas, airbags frontais, freios ABS com EBD e assistência de frenagem, sistema multimídia com navegador.

» OPCIONAL
Não há.

QUANTO CUSTA?

O Nissan March com câmbio CVT está disponível a partir da versão SV 1.6 por R$ 54.590. Já versão testada, a SL 1.6 CVT, tem preço sugerido de R$ 58.990.

NOTAS (0 a 10)

» Desempenho 8
» Espaço interno 7
» Porta-malas 7
» Suspensão/direção 8
» Conforto/ergonomia 7
» Itens de série/opcionais 7
» Segurança 6
» Estilo 7
» Consumo 8
» Tecnologia 7
» Acabamento 7
» Custo/benefício 7