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Nissan Grand Livina SL 1.8 - Mais dois na mala

Monovolume se destaca pelas diferentes possibilidades de configuração do seu interior, mas nem por isso é tão espaçoso. Motor e câmbio automático garantem bom desempenho

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Foto:

Traseira tem linhas mais retas, com ampla porta que facilita acesso ao porta-malas

Neste mundo globalizado, com internet, TV digital, cinema 3D e realities shows à vontade para garantir a diversão, ainda tem gente que gosta de fazer neném com fartura, gerando uma prole numerosa, como antigamente. Para esses, a escolha do automóvel vai além da paixão. É uma questão de necessidade e praticidade. E na hora de escolher um modelo é preciso conciliar espaço para todos e também para a bagagem. Os sedãs e peruas são bons de porta-malas, mas normalmente pecam no espaço para passageiros. Por esse motivo, os monovolumes são imbatíveis quando o assunto é carro de família. A Nissan participa do segmento com o Grand Livina 1.8, com capacidade para sete ocupantes e que visto por fora parece maior do que realmente é por dentro.

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Visual

Produzido em São José dos Pinhais, no Paraná, o Nissan Grand Livina tem design discreto. Não chega a ser apagado, mas também não chama a atenção. A frente robusta e curta tem grandes faróis triangulares e grade cromada com barras largas. A parte inferior do para-choque tem ampla abertura, sem tela de proteção, que deixa o radiador exposto a pedras ou outros objetos soltos nas vias. As laterais são limpas e longas, sem frisos ou cromados, mas a grande área envidraçada e o rack de teto ajudam a compor o visual. A traseira tem linhas mais retas, com lanternas também triangulares.

Vídeo: assista ao teste do Grand Livina no Vrum na TV



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Espaço

Olhando o Grand Livina por fora, a primeira impressão que fica é de que se trata de um carro de dimensões avantajadas, daqueles que levam a turma sem o menor problema. Realmente é, mas com algumas restrições. Quando está na configuração para sete passageiros - com os dois bancos escamoteáveis montados na área de bagagem - , o volume do porta-malas fica muito reduzido, com capacidade apenas para pequenas malas ou sacolas. Já na configuração para cinco passageiros, com a terceira fileira de banco rebatida, o porta-malas cresce, ficando com boa capacidade, porém a cobertura de carpete não esconde toda a área. E, se a ideia for viajar a dois, levando muitas tralhas, basta rebater as duas fileira de bancos traseiros e cria-se uma grande área para bagagem.

Conforto

[FOTO2]Mas o amplo espaço não significa necessariamente conforto. O interior do Grand Livina é estreito, mas proporciona total flexibilidade, com a segunda fileira de bancos que desliza longitudinalmente para facilitar o acesso à terceira. Além disso é bipartida, aumentando as possibilidades de configuração. Na frente, o espaço para motorista e passageiro é bom, mas os bancos não contam com ajustes de altura e lombar. Na fileira central há relativo conforto somente para dois, pois quem for no meio vai apertado, sem apoio de cabeça e com cinto abdominal. Isso sem falar na falta de espaço para as pernas, por causa do túnel no assoalho. E o problema se repete na terceira fileira de bancos, que está mais para um quebra-galho para levar crianças em viagens curtas. Adultos ali é puro sofrimento. Os assentos são muito baixos, deixando as pernas suspensas, mas contam com cintos de segurança de três pontos retráteis.

Acabamento

O interior do Grand Livina mescla materiais de boa qualidade e outros nem tanto. O plástico usado no painel principal e nos painéis de portas parece ser de qualidade inferior e os arremates das peças não são muito bons. A versão testada, a SL 1.8, topo de linha, vem com revestimento dos bancos em couro cinza, com aparência de boa qualidade. O painel tem detalhes que imitam aço escovado, instrumentos de fácil visualização e comandos bem localizados. Apesar de o banco do motorista não ser dos mais confortáveis, a posição de dirigir é boa, favorecida pela regulagem de altura do volante e a boa visibilidade proporcionada pela ampla área envidraçada.

Desempenho

O motor 1.8 flex pode parecer pouco para um carro desse tamanho e peso, mas mesmo com sete ocupantes cumpriu bem a sua tarefa. Tem funcionamento áspero acima de 3.500rpm, mas o torque é bom em baixas rotações, facilitando a performance no trânsito urbano. O câmbio automático de quatro velocidades tem relações de marchas bem escalonadas, garantindo arrancadas e retomadas eficientes. As mudanças de marchas ocorrem de forma discreta, sem trancos exagerados, e a resposta ao kick down (quando se pisa fundo no acelerador) é rápida. O modelo tem uma performance eficiente para um carro com proposta familiar.

Firme

A direção foi bem calibrada, com reações equilibradas tanto em baixas quanto em altas velocidades. O diâmetro de giro atende satisfatoriamente em manobras. As suspensões garantem boa estabilidade em curvas, com discreta inclinação da carroceria, porém são mais firmes, transferindo para o interior as irregularidades do solo. A versão tem de série ABS, que ajuda a tornar o sistema de freio ainda mais eficiente. O modelo tem como principais concorrentes o Chevrolet Zafira e p Citroën Grand Picasso, ambos também com capacidade para sete passageiros, mas sai na frente em um quesito de extrema importância: o preço

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