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Mercedez-Benz C200 Kompressor - De nariz empinado

O sedã de entrada da tradicional fabricante alemã passou por uma verdadeira plástica, ficando com uma aparência mais esportiva, com destaque para a frente, mais focinhuda

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Cansada de ouvir que seus modelos eram "clássicos demais", principalmente em relação aos principais concorrentes, os modelos da Audi e BMW, a Mercedes-Benz resolveu dar um basta nisso. Depois de inovar em vários lançamentos, como o da CLS, o fabricante resolveu também reformular completamente o design da Classe C, que abriga os sedãs de entrada da marca. Eles ganharam um visual mais esportivo e arrojado, mas sem perder a tradicional classe, e o refinamento tecnológico, que sempre marcaram o estilo dos carros produzidos pela marca da estrela de três pontas. Para atender a todos, o fabricante criou três versões, sendo que a Classic e a Elegance se destinam a clientes um pouco mais conservadores, e a Avantgarde, àqueles que desejam um pouco mais de pimenta no molho.



Design
Ao olhar, do lado de fora e por todos os ângulos, o novo sedã da Classe C, fica fácil perceber que a Mercedes-Benz conseguiu seu objetivo: misturar, de forma harmônica, os estilos esportivo e clássico. Embora o principal elemento estético que caracteriza a esportividade do novo modelo seja a frente mais focinhuda, existem mais detalhes que o tornam mais jovem, espalhados por toda a carroceria: molduras mais pronunciadas das caixas de roda; traseira arredondada; desenho das novas lanternas traseiras; faróis mais espichados, entrando pelo capô; e perfil mais arrojado, com linha de cintura mais ascendente e teto com silhueta de cupê. A versão Avantgarde, que avaliamos, completa o traje esportivo com a enorme estrela na grade dianteira e o desenho exclusivo e a medida (maior) das rodas de liga.

Dimensões
Assim como ocorreu com outros sedãs, que cresceram de tamanho com as novas gerações, a Classe C também ganhou dimensões mais amplas, mas sem exagero. O novo modelo ficou 5,5 cm mais comprido e 4,2 cm mais largo; e teve a distância entre-eixos aumentada em 4,5 cm, o que melhorou o espaço interno, principalmente para os ocupantes do banco traseiro e para as bagagens (são 20 litros a mais de espaço no porta-malas), mas trouxe um pequeno problema: ampliou o ângulo ventral, o que faz com que o carro raspe com facilidade em entradas e saídas de rampas.

Interior
Por dentro, a Mercedes manteve a mesma filosofia de design aplicada na parte externa, ou seja, de criar um ambiente que "respirasse" esportividade, mas sem perder a tradicional elegância que sempre marcou seus carros. O acabamento interno é de muito bom gosto, misturando couro preto com detalhes prateados e cromados, e todos os materiais utilizados não deixam dúvidas quanto à qualidade. O volante de quatro raios tem boa pega, embora o aro seja um pouco fino, e incorpora comandos de várias funções (rádio, telefone etc.). O painel de instrumentos tem um detalhe interessante no velocímetro: o ponteiro não é preso no centro, e corre "por fora". Destaque para a tela que fica no painel central, que pode ser escamoteada e exibe informações do sistema de navegação e do som. Todos os comandos estão bem posicionados.

Traseira ganhou linhas mais arredondadas e rodas são exclusivas da versão Advantgarde


Conforto
Os bancos dianteiros apóiam bem o corpo, e têm todas as regulagens, mas o de trás é baixo e não apoia bem as pernas, dificultando a entrada e saída de passageiros. Conforto no banco traseiro? Só para quem senta nas laterais, pois quem viaja no meio é incomodado pelo túnel central e pelo apoio de braço embutido. Mas um dos principais apelos da nova Classe C é o prazer de dirigir proporcionado por um pacote que inclui suspensões independentes com o avançado sistema Agility Control, que possibilita variar de forma bem ampla o nível de amortecimento, de acordo com o ritmo imposto pelo motorista (do bem confortável ao muito esportivo, que é mais destacado nessa versão Avantgarde); sistema de direção mais direta; e um câmbio extremamente eficiente e suave (fica até difícil perceber o momento da troca).

Concorrentes


(O BMW custa R$ 161.000, o Volvo tem preço sugerido de R$ 178.300 e o valor do Audi é R$ 196.300)

Desempenho
O motor 1.8 superalimentado ganhou 20 cv a mais, ficando com potência (184 cv) e fôlego mais do que suficiente para um sedã desse porte. Mas as respostas do câmbio poderiam ser mais rápidas, embora melhorem bastante quando se usa a opção de troca esportiva. De acordo com a Mercedes, as alterações no motor também possibilitaram uma redução de 6% no consumo, em relação ao modelo anterior. A segurança é outro ponto de destaque no novo Classe C, que tem seis airbags, sendo dois frontais adaptativos, dois laterais e dois de cortina; quatro cintos de segurança com tensionadores e limitadores de força; apoios de cabeça ativos (com sistema Neck Pro); luzes de freio que piscam em frenagens de emergência; e o eficiente sistema de proteção preventiva Pre-Safe, que prepara o veículo e seus ocupantes para um impacto iminente.

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