Palma de Mallorca, Espanha - Que tal andar em um conversível que pode ser usado com a capota aberta nas quatro estações do ano com todo o conforto de um sedã? Gostou, da ideia? Então reserve a nova Mercedes-Benz E350 Cabriolet, que chega ao Brasil em junho. Leia as impressões.
Sopro na nuca
Sem exageros, a nova E350 Cabriolet, que está sendo apresentada ao público no Salão de Genebra, que termina amanhã, consegue fazer isso. Só não dá para andar com a capota aberta na chuva. Último modelo da nova série E, que já tem sedã, cupê e perua, o carro teve um tratamento especial no túnel de vento para rodar ao sabor do vento.
A "engenharia" encontrada foi um sistema batizado de Aircap, que consiste em um pequeno aerofólio escamoteável na parte superior do para-brisa, que se levanta em conjunto com os apoios de cabeça traseiros - ligados por uma tela - por meio de um comando no console. Ambos acabam criando uma espécie de cápsula sobre os quatro lugares da Cabriolet, formada pelo ar que passa em forma de arco na parte superior.
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O resultado é que dentro dessa cápsula consegue-se controlar a temperatura (fria ou quente) com a capota aberta da maneira que se quer. Para ajudar, nos bancos dianteiros ainda dá para jogar ar aquecido na nuca. O sistema Aircap praticamente elimina o turbilhonamento do ar no interior, tornando mais agradável ainda passear com a capota aberta. Como foi possível sentir em Palma de Mallorca, Espanha, onde foi apresentada à imprensa mundial. Apesar do dia ensolarado, o inverno ainda castiga a Europa, e a temperatura estava abaixo de 10 graus. Mesmo assim, andamos com a capota recolhida praticamente o dia todo sem problemas. As exceções ficaram por conta das vezes que experimentamos fechá-la com o carro andando, o que pode ser feito até 40 km/h e em apenas 20 segundos.
Aliás, por falar em capota fechada, a nova Classe E Cabriolet contradiz a regra de que conversível só fica bonito com ela recolhida. Com linhas inspiradas no modelo cupê, tem estilo equilibrado e esbanja charme. Há lugar para apenas quatro pessoas. As duas que vão atrás não desfrutam do mesmo espaço existente no sedã. Mas ainda conseguem acomodar-se com algum conforto. O porta-malas não é nenhum exagero. Mas os 300 litros com capota recolhida ou 390 litros com ela levantada, são suficientes para a bagagem de quatro pessoas em uma viagem de fim de semana.
O acabamento é padrão Mercedes: revestimento em couro de primeira, materiais de qualidade e arremates sem críticas. Os equipamentos vão desde ar-condicionado individual, radar que mantém a distância determinada do veículo da frente até sistema que detecta se o motorista está cansado e sugere uma parada para tomar café. Para garantir a segurança, além de sete airbags, dois arcos atrás dos apoios de cabeça traseiros são projetados para fora em fração de segundo, quando sensores detectam uma capotagem iminente.
Graças a uma plataforma estudada especificamente para o modelo conversível, e não uma adaptação, o Cabriolet passa sensação agradável de robustez. A impressão que se tem é que se está andando em um sedã. Não se notam torções da carroceria, mesmo em desníveis fortes. Essa solidez também traz benefícios à estabilidade e permite que a Cabriolet faça curvas tão bem como o modelo fechado.
A Mercedes estará trazendo para o Brasil o E350 CGI com motor V6 de 3.5 litros e 292cv e câmbio automático de sete de sete marchas, que tem engates suaves e uma curiosidade: duas marchas a ré. Dependendo da situação - plano ou subida - o câmbio escolhe a melhor opção. Com esse conjunto, o desempenho é adequado ao porte do carro. Quando exigido a fundo, dá para ir até 100 km/h em 6,8 segundos e chegar aos 250 km/h, velocidade limitada eletronicamente. Mas se você achar pouco, pode encomendar a versão E500, com motor V8 de 5.4 litros e 388cv e ganhar 1 segundo e meio na aceleração até 100km/h (5,3 s). E, claro, desembolsar R$ 400 mil.
(*) Viajou a convite da Mercedes-Benz do Brasil
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