Para ser bom de vendas no Brasil, o carro precisa ter boa aparência e linhas que se destacam, principalmente na multidão de carros dos grandes centros. E o Tucson tem design mais agressivo que seus adversários e mais cara de jipe (embora não tenha estepe pendurado na tampa do porta-malas), além de parecer menor do que é. Na frente, destaque para os grandes faróis e para o pára-choque perfeitamente integrado à carroceria, que abriga faróis de neblina (em posição mais elevada) e tomadas de ar com grade, para evitar que o radiador seja atingido por pedra ou pequenos objetos. De perfil, o que chama mais a atenção é o bonito desenho das rodas de liga, as molduras mais salientes dos pára-lamas e as barras no teto.



Dividida
Na traseira, o modelo da Hyundai continua atraente, seja pelas grandes lanternas, pela barra cromada acima da placa ou pelo escape de saída dupla, que dá um toque de esportividade. Detalhe interessante é a tampa do porta-malas dividida, na qual se pode abrir apenas o vidro ou o conjunto, pois os dois são destravados por comando no puxador da porta do motorista. O porta-malas tem bom acesso, rede para pequenos objetos, ganchos para amarração da carga e capacidade compatível com a de um utilitário-esportivo compacto. Além disso, o banco traseiro é bipartido, o que aumenta a capacidade de carga.

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Interior
O espaço interno oferece conforto para quatro adultos, mesmo os que sentam no banco traseiro. Mas quem senta no meio é incomodado pelo descansa-braço embutido e pelo final do console e não tem cinto de três pontos, o que não é perdoável em um carro dessa categoria. O interior da versão avaliada é todo em tons de cinza (com detalhes em preto no painel), com bancos revestidos de tecido navalhado, também presente nos painéis de porta. Basta um olhar mais atento para perceber que os plásticos não são de boa qualidade e que o acabamento em geral não é o forte do veículo.

Conforto
Por outro lado, o motorista tem a sua disposição muitos itens de conforto: banco pode ser regulado (manualmente) de diversas formas, incluindo o ajuste lombar, que ajuda bastante a reduzir as dores nas costas e o cansaço em viagens mais longas; o volante de quatro raios tem boa pega; os comandos estão bem posicionados; os bancos prendem bem os corpos dos ocupantes; e o ar-condicionado digital (com filtro antipólen) é bastante eficiente. Também contribui para reduzir o estresse do motorista a boa visibilidade que o Tucson oferece, em todas as direções. Mas falta sensor de obstáculos no pára-choque traseiro, para ajudar nas manobras de estacionamento. O conforto é completado pela direção bem calibrada e pelo reduzido nível de ruídos a bordo.

Versões do Tucson e concorrente


Rodando
O motor V6 tem um fôlego invejável, mas, para extraí-lo mais rapidamente, é necessário usar as trocas manuais do câmbio automático de quatro velocidades, que pede por mais uma marcha e não tem opção de troca esportiva. A suspensão tem um bom equilíbrio, tanto na terra como no asfalto, embora exija atenção em curvas mais fechadas. Aliás, a versão avaliada do Tucson tem sistema interessante e eficiente de tração: funciona com 4x2 na dianteira, sendo que o motorista, em caso de necessidade, pode acionar a 4x4 e o bloqueio de diferencial por botão no painel.

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Modelo cedido para teste pela concessionária AutoKorea