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Honda Fit EXL 1.5 flex - Maior e mais caro

Monovolume compacto tem aumento nas medidas e no visual, mas calibragem do sistema de suspensão sacrifica conforto e preço da versão topo de linha é alto. Leia o teste

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Foto:

O Fit cresceu em todas as proporções. Ficou mais alto, mais largo, mais comprido e com maior distância entre-eixos (um dos fatores determinantes do espaço interno) e a capacidade do porta-malas aumentou. As linhas da carroceria tiveram alterações significativas, fazendo lembrar as do modelo anterior. Estratégia semelhante à que a Volkswagen usa no Golf, o carro muda, mas a identidade permanece. Aumentou a área envidraçada, e o traço mais marcante são os faróis enormes. A intenção do fabricante foi a de conferir esportividade ao monovolume.

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Interior
O habitáculo cresceu, com mais espaço para pernas, ombros. Os bancos traseiros são reclináveis, aumentando o bem-estar a bordo, e com diversas regulagens do assento. O painel de instrumentos tem grafismo agradável e de fácil leitura, mas falta o importante termômetro de temperatura do líquido de arrefecimento do motor, substituído por uma nem sempre eficiente luz-espia que, quando acende, o motor já ferveu. A coluna de direção tem regulagens em altura e distância. No volante, que tem aro fino, estão os comandos de som e controle automático de velocidade.

Praticidade
Uma das vantagens dos monovolumes é o lado prático. Bancos que rebatem encosto e assento, porta-trecos em cada canto do habitáculo, porta-luvas duplo e facilidade para entrar e sair, colocar e retirar bagagens, etc. Modularidade está sempre em alta neste tipo de carroceria.

Fit é menor do que o Fusca em comprimento e ideal para trafegar em cidade grande


Motor/câmbio
Houve ganho de potência e de torque no motor 1.5. O câmbio CVT (de infinitas relações de transmissão) foi substituído pelo automático sequencial do Civic. Mudou para pior. Os puristas podem até não gostar do CVT, que é mais eficiente. No atual, há o modo esportivo em que as marchas podem ser trocadas manualmente por meio de aletas no volante. O desempenho não entusiasma e incomoda muito os ruídos do motor, principalmente em rotações elevadas. A proteção acústica deveria ser muito melhor. Esses motores da Honda com controle eletrônico variável são eficientes, mas muito barulhentos.

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Faz pouca diferença o desempenho com álcool e gasolina. O consumo foi elevadíssimo, como média inferior a 5 km/l na cidade com álcool e cerca de 6,5 km/l, com gasolina. É muito para motor de cilindrada média. Como a faixa de torque ocorre em rotação elevada, é prudente manter motor nesse regime para conseguir melhor desempenho, principalmente em ultrapassagens.

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Conjunto
O Fit é carro tipicamente urbano, tem 12 cm a menos de comprimento do que o Fusca. Entra fácil nas vagas apertadas nas ruas ou em centros comerciais. As linhas da carroceria são agradáveis e o acabamento é bom, apesar de alguns encaixes malfeitos, como nos painéis de porta. O preço é elevado demais na versão topo de linha, beirando os R$ 70 mil, em que pese o conteúdo. Mas a calibragem da suspensão penaliza o conforto, principalmente para os ocupantes do banco traseiro. É duro demais e transfere com intensidade as irregularidades do solo para o habitáculo, provocando muito desconforto. O carro cresceu em dimensões, mas piorou em conforto.

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