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Honda Civic EXS 1.8 flex - Com o tanquinho de fora

Além do estilo, que caiu no gosto do consumidor brasileiro, sedã da Honda agora tem opção flex, que aceita álcool, gasolina ou a mistura dos dois em qualquer proporção

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Civic Flex é mais caro e tem pior desempenho

A Honda foi uma das poucas montadoras a manter a versão a gasolina, depois de lançar a opção flex (que aceita álcool, gasolina ou a mistura dos dois em qualquer proporção) dos dois modelos que produz no Brasil (Fit e Civic). A montadora alega que está seguindo os desejos do mercado, que, segundo a empresa, ainda tem seguidores fiéis da opção a gasolina. E, no caso do sedã, esses consumidores têm razão, pois a versão movida apenas com o combustível derivado do petróleo tem desempenho melhor, praticamente o mesmo consumo (considerando somente a gasolina, é claro!) e custa R$ 2 mil a menos.

Design

As linhas do Civic são arrojadas e, provavelmente, o design é a principal causa das filas de compradores que se formam até hoje nos concessionários (o carro foi lançado em abril de 2006). Mas há quem critique a falta de harmonia entre a beleza e o equilíbrio da frente (com faróis que misturam elementos circulares e retangulares, pára-lamas que avançam para cima do capô e pára-brisa bastante inclinado e quase sem nenhuma curvatura), e a silhueta inovadora do perfil, com a falta de personalidade da traseira, que ficou no lugar-comum. De qualquer forma, o conjunto é bem mais ousado que o dos principais concorrentes.

Motor ficou 2 cv mais fraco com gasolina. Assim como no Fit, o reservatório do sistema de partida a frio fica no lado direito do pára-lamas


Por fora As únicas coisas que identificam, por fora, a versão flex é o logotipo na base da tampa do porta-malas e a portinhola de abastecimento do sistema de partida a frio, que fica no lado direito do pára-lamas. Aliás, o abastecimento externo não é única diferença do sistema da Honda em relação aos dos concorrentes (que ficam no compartimento do motor), pois ele consome sempre a gasolina do reservatório (mesmo que o proprietário abasteça somente com esse combustível), o que evita que ela fique velha. Por dentro, as diferenças também se referem ao sistema de partida a frio: abertura interna do bocal, que fica na parte de baixo e do lado esquerdo do painel; e uma luz espia no painel, que indica quando o nível do reservatório está baixo.

Despercebido

Como as diferenças de potência e torque são muito pequenas, ao dirigir o carro, o motorista não percebe a mudança de desempenho, quando roda com álcool ou com gasolina. Ele sente apenas uma leve mudança na aspereza, que se torna mais alta, com álcool. Na versão avaliada (a EXS com câmbio automático), existem dois carros em termos de aceleração e retomada de velocidade: o chocho, quando se usa o câmbio na posição D; e o bem mais esperto, quando se opta por trocar as marchas manualmente (por meio das aletas no volante). A suspensão acompanha o ritmo esportivo, garantindo boa estabilidade em qualquer situação, mas prejudica um pouco o conforto.

Conforto

O espaço interno é bom, mas quem senta no meio do banco traseiro, embora não seja atrapalhado pelo túnel central (não existe, pois o fundo é plano), é incomodado pelo descansa-braço, que fica embutido, e não é protegido corretamente pelo apoio de cabeça, muito baixo. O porta-malas é um dos pontos negativos, pois, além da capacidade limitada, é raso, dificultando a retirada de objetos postos perto do costado do banco traseiro. Por outro lado, o compartimento tem duas alavancas para destravar o encosto, que rebate em 1/3 e 2/3; e o banco traseiro tem chave, para evitar furtos. Os instrumentos do painel são bem visíveis, mas o velocímetro digital confunde um pouco. A posição de dirigir é fácil de ser encontrada, pois o banco regula em altura, e a coluna de direção, em altura e profundidade.

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