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Ford Courier L 1.6 Flex - Aptidão para o trabalho

Picape compacta tem estilo ultrapassado, cabine apertada e ótima capacidade de carga. Conjunto mecânico eficiente garante bom desempenho na cidade e na estrada

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No Brasil, as picapes compactas são as preferidas de muitos jovens que não fazem questão de espaço interno e conforto, e que raramente usam a caçamba para transporte. A concorrência no segmento é acirrada, apesar de a Fiat Strada liderar com folga. A briga fica entre Chevrolet Montana, VW Saveiro e Ford Courier, que disputam melhor colocação no ranking. O modelo Ford, derivado da segunda geração do Fiesta nacional, tem estilo ultrapassado, mas para quem procura uma picape para o trabalho a Courier é uma boa opção.

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Caçamba
As linhas ultrapassadas da carroceria são compensadas pela ampla caçamba, que tem boa capacidade de carga e permite o transporte de objetos maiores, como motos. Ela tem proteção plástica e ganchos para amarração da carga como itens de série. O vidro traseiro tem barras de proteção paralelas, mas na versão testada, a L 1.6, não tem janela corrediça, que em algumas situações traz comodidade para o motorista e ajuda a ventilar a cabine. É opcional para essa versão.

Espaço
A cabine não tem espaço interno como atrativo. O banco do motorista é muito alto e a coluna de direção não tem ajuste. Na prática, pessoas de maior estatura têm muita dificuldade para achar a melhor posição de dirigir, pois a perna esbarra no volante. O espaço atrás dos bancos é mínimo e permite o transporte apenas de pequenos objetos. A visibilidade é boa, facilitada ainda mais pelos retrovisores de bom tamanho.

Acabamento

Caçamba já sai de fábrica com proteção de plástico e ganchos para prender a carga

Se for pensada como um veículo para o trabalho, a Courier tem acabamento interno honesto, com plástico predominando. Mas passa a impressão de ter qualidade superior à da atual geração do Fiesta. Existem algumas rebarbas nos puxadores de portas, mas nada que comprometa. O painel tem desenho simples e é funcional, com instrumentos de fácil visualização.

Direção
O volante da picape é fino e não é bem posicionado, dificultando para o motorista. Para complicar mais, a versão testada não estava equipada com assistência hidráulica. Com isso, a direção fica extremamente pesada e aliado ao diâmetro de giro longo, as operações de manobras são sofríveis.

Desempenho
O ponto-chave da picape é o conjunto motor e câmbio. O propulsor 1.6 flex é eficiente em todos os sentidos, com muito torque em baixas rotações, tirando a picape da inércia rapidamente. É preciso cuidado para acelerar, pois ele responde rápido e ?canta? pneu até de segunda para terceira marcha. Funciona bem com gasolina, mas fica melhor com álcool. O câmbio proporciona engates macios e precisos e tem bom curso da alavanca. A transmissão tem marchas bem escalonadas, que proporcionam melhor aproveitamento da força do motor.

Equilíbrio
As suspensões da picape favorecem a estabilidade, garantindo segurança nas curvas, com a caçamba vazia ou cheia. Mas sem carga atrás, ela ainda pula um pouco quando trafega sobre pisos irregulares, característica normal nesse tipo de veículo. O sistema de freios, que não tem ABS nem como opcional, funcionou de forma eficiente.

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