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Fiat Siena EL 1.0 flex - Se não fosse o câmbio...

Motor mais potente proporciona desempenho melhor ao sedã compacto tanto com álcool quanto com gasolina, mas relações de transmissão tiram o brilho. Leia o teste

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Os ganhos de torque e potência são significativos no motor 1.0 Fire. As potências passaram de 65cv, com gasolina, e 66cv, com álcool, para respectivamente 73cv (g) e 75cv (a). E os torques de 9,1kgfm (g) e de 9,2 (a) kgfm a 2.500rpm foram aumentados para 9,5kgfm (g) e 9,9kgfm (a) a 4.500rpm. Assim, é preciso elevar as rotações do motor para tirar o máximo de proveito possível. Afinal, o Siena é pesado (ver ficha técnica) para ser equipado com motor 1.0. Porém, ao passar a segunda marcha, o motorista cai na real. A queda de rotação é inevitável e o entusiasmo diminui. Ao elevar a rotação do motor novamente em segunda marcha e, em seguida, engatar a terceira, outra queda de rotação. É o que se chama popularmente de buraco entre as marchas.

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Na estrada, quando o carro está embalado, nem parece 1.0 tal a desenvoltura. Aí, sente-se a diferença para o motor anterior com força (torque) e potência menores. O consumo com álcool na estrada variou de 9,5km/l a 11km/l e de 13km/l a 14km/l com gasolina, com ar-condicionado desligado. No trânsito urbano é que se sente a falta de relações mais curtas nas segunda e terceira marchas. O consumo urbano, também com ar-condicionado desligado, variou de 6,5km/l a 7,3km/l com álcool e de 9km/l a 9,5km/l com gasolina. Em Belo Horizonte, a variação de consumo depende muito aonde o carro passa. Quando se exigem trocas constantes de marchas fortes, aumenta. A Região Centro-Sul, mais montanhosa, penaliza o bolso do dono.

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Motor tem mais força, potência e consumo varia conforme o trecho



Fora o motor, a versão EL é nova. A diferença principal para a ELX é a ausência de cromados nas laterais e traseira, permanecendo apenas na grade frontal, e os faróis têm refletor simples. Na traseira, as lanternas estreitas e retangulares no estilo Alfa Romeo são o grande atrativo. Foi a melhor alteração estilística da carroceria. Criada para combater diretamente o sucesso do VW Voyage, a versão EL tem muitos equipamentos de série (ver lista), com direção hidráulica de série e ar-condicionado opcional. O interior é o mesmo da versão ELX, com bom acabamento, forração dos bancos em tear fino e três apoios de cabeça no banco traseiro. Falta apenas o cinto central retrátil de três pontos. Os concorrentes do Siena pecam ao não equipá-los com o apoio de cabeça central traseiro. Ponto para o Fiat. Freios ABS e airbags frontais são opcionais.

Mesmo com a queda de rotações nas primeira marchas e trocas constantes, o Siena agrada ao motorista. A calibragem deixa a direção leve, o que facilita as manobras. O rodar é macio, mas a inclinação excessiva da carroceria incomoda. O espaço interno é razoável e o porta-malas, que pode ser aberto por dentro assim como a portinhola do tanque, tem espaço de sobra. E o que mais atrai nos sedãs, além das linhas da carroceria, é o espaço para bagagem. Um detalhe que poderia ser revisto é o comando estreito do comando de rádio, que dificulta o manuseio.

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