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Fiat Linea T-Jet - Vocação estradeira

Um pacato e bonito sedã familiar se transforma em bólido graças ao motor turbo, que esbanja força e potência, principalmente em rodovias. Estabilidade é destaque

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O Linea T-Jet é feito sob medida para quem adora dirigir. O sedã médio da Fiat proporciona muito prazer ao volante e transmite segurança e confiança ao motorista, que se sente piloto. A versão topo de linha tem bom acabamento, com encaixes bem-feitos e forração de bancos e painéis de portas em couro bege. Impressiona a suavidade da entrada do turbo, que não joga o motorista contra o banco e basta pisar no acelerador para obter respostas imediatas, tornando mais seguras e muito rápidas as ultrapassagens. Antes de o motor atingir 2.000 rpm, o desempenho é fraco e, às vezes, o motor morre devido ao peso do carro e à pouca força. Mas, quando o turbo entra em ação, o pacato sedã se transforma radicalmente e deixa a turma para trás.



O consumo de combustível varia muito conforme a maneira de dirigir. Na cidade, o computador de bordo varia de 5,5 km/l a 7 km/l e na estrada, de 9 km/l a 12 km/l. Os engates do câmbio são precisos e o curso da alavanca é curto.

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Espaço
Derivado do Punto, o Linea tem bom espaço interno, pois o conceito de arquitetura permite que a mesma plataforma seja usada em toda a linha, aumentando-se ou diminuindo-se a distância entre os eixos dianteiros e traseiros. O Linea tem nove centímetros a mais de entre os eixos do que o Punto. Por isso, os ocupantes, principalmente do banco traseiro, desfrutam de mais espaço para as pernas em relação ao hatch. O Linea é pouca coisa mais estreito do que seus principais concorrentes, mas três adultos se acomodam no banco traseiro.

Linhas
O conjunto é atraente. As linhas são bonitas e agradáveis, mas sem ousadia. A coluna A (dianteira) é a mesma do Punto, com pára-brisa bastante inclinado, o que favorece a visibilidade. Esse recurso é típico dos monovolumes e quase todos as marcas seguem a receita. A traseira é bastante comum, como na maioria dos sedãs e lanternas horizontalizadas.


Segurança
Enfim, a cultura da segurança começa a ser difundida e a Fiat é uma das responsáveis pela mudança ao vender ABS e airbags frontais a preço mais baixo. O Linea, como a maioria dos concorrentes, tem de série freios ABS e airbags frontais, além de apoios de cabeça e cintos de três pontos para todos os ocupantes, inclusive no banco traseiro. Na lista de opcionais, estão os airbags laterais e de cortina.

A calibragem da suspensão é firme, sem ser desconfortável, com pneus de perfil baixo e rodas de aro 17. Mesmo em pisos irregulares, a transferência das imperfeições para o habitáculo não incomoda tanto. Essa versão do Linea contorna curva sem sustos e provoca o motorista a acelerar mais. A direção está bem calibrada e a coluna tem regulagens em altura e distância.

Conforto
Há muitos itens de conforto e conveniência, como o sistema de navegação, que exige paciência para ser usado e não é preciso. O Linea é o primeiro nacional com esse item integrado no painel. Mas há pecados capitais, como a ausência da regulagem elétrica de facho de farol, imprescindível com cinco pessoas a bordo e porta-malas lotado para não ofuscar o carro da frente e os que vêm em sentido contrário. Existe regulagem manual e muito simples de operar. Porém, é desconfortável ter que abrir o capô para fazer a operação em um carro dessa faixa de preço. Outro detalhe esquecido também são as regulagens elétricas do banco do motorista. Há apenas regulagens manual em altura e distância. Ora, é necessária a regulagem do assento para diminuir cansaço em percursos mais longos.

Concorrência
Não há sedã com motor turbo e desempenho esportivo nessa faixa de preço.

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