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Citroën C4 VTR 2.0 - Beleza ousada

Médio da marca francesa é importado para o Brasil e chama a atenção pelo estilo, seus equipamentos de conforto e segurança, que são muitos, e a ótima relação custo-benefício

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Foto:

O C4 é daqueles carros prazerosos de dirigir. A sedução começa pelas linhas ousadas e nada usuais da carroceria, que foram inspiradas no conceito C-Airlounge, exibido no salão de Paris de 2002. Alguns elementos do conceito fazem parte do modelo de rua. Os faróis do C4 têm formato idêntico ao do C-Airlounge, assim como a caída brusca da traseira com a extremidade de vidro no teto. No melhor estilo esportivo, de duas portas, o C4 conquista tanto pelo design externo quanto pelas inovações internas. O volante tem o elemento central fixo, em que ficam agrupados diversos comandos, e só o aro gira. Um charme e tanto.

Desagrado

Como todo modelo duas portas, o C4 apresenta os mesmos inconvenientes: porta grande e pesada, acesso difícil ao banco traseiro, mesmo com a memória mecânica e deslocamento total do banco para a frente. Para afivelar os cintos dianteiros, é preciso se contorcer. Os cintos dianteiros, não têm regulagem de altura e incomodam usuários de maior estatura, raspando no pescoço. Instrumentos digitais não são unanimidade, mas o fabricante insiste com esse tipo de velocímetro e conta-giros. A leitura do tacômetro (conta-giros) é mais difícil e tira a atenção do motorista. Quando se excede o limite de rotação, a luz do instrumento muda para a cor vermelha. O velocímetro fica na parte central do painel. O C4 usa a mesma arquitetura do Peugeot 307 e a coluna A (dianteira), muito inclinada, é típica de monovolume, assim como o painel largo. Por isso, os bancos dianteiros ficam mais recuados em relação ao pára-brisa do que nos modelos convencionais.

Os comandos estão bem localizados e o banco do motorista tem regulagem de altura e aquecimento. Os bancos são esportivos e apóiam bem. Os engates do câmbio são precisos, mas o curso da alavanca deveria ser menos longo. A visibilidade traseira é limitada. No banco traseiro, o espaço é limitado para três pessoas. A capacidade do porta-malas deveria ser maior.

Design foi inspirado no conceito C-Airlounge, mostrado no Salão de Paris de 2002


Segurança

Este é o ponto alto do C4, com seis airbags, ABS e controles eletrônicos de tração e estabilidade. Aliada a tudo isso está a excelente suspensão, que é uma especialidade da Citroën. O C4 é grudado no chão e o comportamento dinâmico, irrepreensível em todas as situações. Entretanto, as imperfeições do solo não são totalmente filtradas, apesar dos pneus de perfil mais alto. A direção é elétrica e bastante precisa. A segurança no banco traseiro é completa, com cintos retráteis e apoios de cabeça para todos, além do sistema (isofix) para fixação de cadeiras infantis.

Andando

O motor 2.0 proporciona ótimo desempenho e 85% do torque se dá a apenas 2.000rpm, o que significa força em baixas rotações. As relações de transmissão estão mais curtas em relação ao modelo vendido na Europa, o que faz a rotação do motor subir mais rápido. Porém, a 120km/h o motor gira a 4.000rpm, e isso incomoda um pouco. Os freios a disco nas quatro rodas são muito eficientes. A frente é baixa e exige cuidado em saídas de garagem. O consumo de gasolina exibido no computador de bordo varia de 6km/l a 8 km/l na cidade, e de 9km a 13km/l na estrada.

Preço

Os muitos equipamentos de série fazem com que o C4 tenha ótima relação custo-benefício. Os opcionais são poucos e, na versão cedida para teste, faltavam apenas faróis direcionais de xenônio. A sofisticação, tanto em itens de segurança quanto de conveniência e conforto, deixa o C4 em ótima posição no mercado. Pelo preço, não se tem concorrente com o mesmo nível de equipamentos.

O C4 é um ótimo carro e vai além da beleza da carroceria. O motorista veste o carro e encontra conforto, desempenho e sofisticação em um só conjunto.

Leia tudo e assista ao teste do Citroën C4 no Veja Também, no canto superior direito desta página.