O C4 Picasso de cinco lugares encanta pela harmonia das linhas. Tem apenas 12 cm a menos de comprimento do que o modelo de sete lugares, que fazem a diferença. Lanternas traseiras horizontais arrematam o modelo, que é largo e alto, formando um conjunto forte. Por onde o carro passa, o comentário é unânime em torno da beleza. Além disso, é muito bem equipado, como convém a um modelo com proposta familiar. São cinco bancos individuais, porta-objetos no chão, nas laterais, sobre o painel. Quando se começa a explorar o carro, encontra-se uma surpresa depois da outra. São detalhes inteligentes e extremamente práticos.
A visibilidade é excelente em todas as direções, não apenas pelo imenso para-brisa, que toma parte do teto. Os bancos dianteiros são reguláveis em altura, mas a anatomia deveria ser melhor (ver avaliação ergonômica). O quadro de instrumentos digital impressiona pela luminosidade, mas exige que o motorista desvie o olhar para realizar a leitura. Os comandos estão bem posicionados. A alavanca de marchas está na coluna de direção e é de fácil manuseio. O volante tem aro fixo e nele estão inseridas muitas funções: som, ar-condicionado, controle automático de velocidade, entre outros.
Balanço
A suspensão não tem o acerto ideal. Proporciona ótima estabilidade, mas é barulhenta quando se trafega em piso irregular. E a especialidade desta marca francesa é suspensão. A direção está bem calibrada, mas o diâmetro de giro deveria ser menor para facilitar as manobras em locais apertados. Outro ponto que incomoda é a colocação do estepe sob o porta-malas, que está sempre sujo e a troca é cansativa e nada prática (ver avaliação técnica). O porta-malas é amplo e nele estão o carrinho para compras e a lanterna.
Segurança
É destaque com airbags frontais, laterais, de cortina (em toda a extensão lateral do habitáculo) e de joelhos para o motorista, além de ABS e controle eletrônico de estabilidade. Todos de série. Além de freios a disco nos dois eixos. Há apoios de cabeça e cintos de segurança retráteis de três pontos para os cinco ocupantes.
Dirigindo
Monovolume se assemelha a pequeno ônibus e a posição de dirigir é diferente dos automóveis aos quais a maioria está acostumada. A sensação é a de estar no meio do carro e é preciso um pouco de tempo para se acostumar com a distância do veículo ou obstáculo que está à frente. A direção é leve, as trocas de marchas são suaves no modo manual e há ligeiro tranco no automático. O desempenho proporcionado pelo motor 2.0 é apenas suficiente para o peso do carro, superior a 1.500 kg, mas coerente com a proposta do veículo. Nas retomadas, percebe-se ligeiro retardo.
A relação custo/benefício é um dos atrativos desse monovolume, que está recheado de itens de série de segurança, conforto e conveniência. E se carro vende pela beleza, este Citroën é um prato cheio, além de todas as qualidades.
Veja a avaliação técnica, os equipamentos de série, os opcionais e a ficha técnica do C4 Picasso no Veja Também, no canto superior direito desta página.
Emílio Camanzi havia andado no C4 Picasso na França! Confira!