Na primeira geração, os faróis estreitos realçam o conjunto; na segunda, são notados assim que se vê o carro. A tampa traseira tem novo desenho. As alterações deixam o modelo parecido com o restante da família, com faróis grandes e grade frontal idêntica. É tendência atual que todas as marcas tenham identidade própria.
É no interior que está uma das principais alterações de estilo em uma peça que era medonha: o painel central. O modelo anterior carece de arte final. É apenas um esboço. As alterações começam no quadro de instrumentos - É completo na versão Super, a mais equipada, incluindo indicador de temperatura de motor, que agora é analógico, e tacômetro (conta-giros). As aletas de saída de ar têm formato circular e fazem lembra as do Ford Fiesta - e termina no porta-luvas. Se o desenho está melhor, o material plástico usado na construção continua ruim, do tipo seco.
Painéis de porta foram redesenhados. Estão com visual melhor. Até o material do volante parece melhor. A buzina, que era acionada na haste do sinalizador de direção (seta), passa para a parte central do volante. Apesar de não bem aceito no Brasil, a buzina na haste tem acionamento mais fácil. A rejeição é tamanha no Brasil que até as marcas francesas adotam a buzina no miolo do volante. Na França, é na haste.
Fora isso, é o Celta de sempre. Desempenho do motor 1.0 é muito bom com motorista e passageiro e ar ligado no modelo de duas portas, que é mais leve. As rotações do motor sobem rapidamente e acima de 3.500 rpm é produzido som estridente e irritante. Apesar disso, o motor é muito bom, trabalha em rotações elevadas e é econômico. A versão testada tem todos os itens opcionais e acessórios, como as rodas de liga leve sem dispositivo para retirar a calota central, imprescindível para efetuar a troca de pneu (ler avaliação técnica). O nível de ruídos interno é elevado, principalmente em piso irregular.
Espaço interno é limitado no modelo de duas portas e há duas dificuldades em relação ao modelo com portas traseiras: entrar e sair do banco traseiro e afivelar os cintos de segurança dianteiros. É que a coluna B (central) fica mais recuada e obriga o motorista a se contorcer para colocá-lo.
Rack no teto, minissaias laterais para dar acabamento são acessórios e a direção com assistência hidráulica é opcional de fábrica. Até então, era acessório instalado em concessionária. Agora, as duas opções são possíveis. A direção tem a calibragem ideal. Entretanto, o assento do banco foi elevado, reivindicação dos proprietários, mas o volante fica mais baixo. Segundo a engenharia da montadora, a espuma cede com o peso do motorista e o volante fica praticamente na posição anterior.
Os engates do câmbio são macios e leves, mas curso longo da alavanca faz com que o braço esbarre no encosto do banco ao colocar segunda e quarta marchas. Os espelhos retrovisores externos são enormes e compensam um pouco a largura da coluna C (traseira), que diminui a visibilidade.
A frente é baixa e esbarra em saída e entrada de rampa. Estabilidade é uma ótima qualidade do Celta, transmitindo segurança. O conforto é penalizado em piso irregular, com transferência das irregularidades para o habitáculo. Não há apoio de cabeça e cinto de três pontos retrátil no parte central do banco traseiro. Além disso, os apoios do bancos dianteiros são fixos e não cumprem a função integralmente para ocupante de estatura acima de 1,80m. Os freios dão conta do recado. O Celta agrada, tem suas qualidades e mazelas, e é um dos mais vendidos no Brasil.
Características | |
Motor | |
Tipo | Quatro cilindros em linha, 1.0 8V VHC Flexpower |
Posição | Dianteiro, transversal |
Cilindrada (cm3) | 999 |
Válvulas | 8 |
Diâmetro/Curso (mm) | 71,1 x 62,9 |
Taxa de compressão | 12,6:1 |
Potência (cv/rpm) | 70 (G e A) a 6.400 |
Torque (mkgf/rpm) | 8,8 (G) / 9 (A) a 3.200 |
Combustível | Gasolina / Álcool |
Transmissão | |
Câmbio manual de 5 marchas; tração dianteira | |
Relação das marchas | |
1ª marcha | 4.27 |
2ª marcha | 2.35 |
3ª marcha | 1.48 |
4ª marcha | 1.05 |
5ª marcha | 0.80 |
Ré | 3,31 |
Redução do diferencial | 4,87 |
Suspensão | |
Dianteira | Independente McPherson, molas helicoidais com carga lateral, amortecedores telescópicos hidráulicos pressurizados a gás |
Traseira | Semi-independente com braços oscilantes, molas tipo barril progressivas, amortecedores telescópicos hidráulicos pressurizados a gás |
Direção | |
Tipo pinhão e cremalheira, com assistência hidráulica | |
Freios | |
Dianteiro | Disco ventilado |
Traseiro | Tambor |
Rodas/Pneus | |
14 x 5,5 / 175/65 R14 | |
Dimensões e Capacidades | |
Comprimento (m) | 3,79 |
Largura (m) | 1,63 |
Altura (m) | 1,43 |
Entre-eixos (m) | 2,44 |
Porta-Malas (l) | 260 |
Tanque de Combustível (l) | 48 |
Peso em ordem de marcha (kg) | 870 |
Desempenho | |
0 a 100 km/h (s) | 13,5 (G) / 13 (A) |
Velocidade máxima (km/h) | 156 (G) / 157 (A) |
Consumo | |
Cidade (km/l) | 13,7 (G) / 9,8 (A) |
Estrada (km/l) | 18 (G) / 12,2 (A) |
Média (km/l) | 15,6 (G) / 10,9 (A) |
Fonte: Fabricante