De Mendoza, na Argentina - O hatch Agile (pronuncia-se Ágile) é o primeiro fruto da nova família que está sendo totalmente desenvolvida no moderno (recém-inaugurado) Centro Tecnológico Automotivo da América Latina da General Motors, em São Caetano do Sul (SP), e no Campo de Provas de Cruz Alta, em Indaiatuba (SP). A produção do novo modelo, que chega aos concessionários brasileiros na próxima semana, ficou a cargo da unidade de Rosário, na Argentina.
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A família a qual pertence o hatch, que era conhecida como "Projeto Viva", e voltada para mercados emergentes, ainda vai gerar mais três "filhos" : picape, utilitário-esportivo compacto, que será feito sob encomenda para desafiar o EcoSport, da Ford, e sedã. Da mesma forma como o Agile, segundo a própria GM, foi concebido para competir diretamente com o VW Fox, que passa por uma reforma estilística e deve chegar ao mercado ainda este ano. Mas o carro deve concorrer também com Fiat Punto 1.4 e Renault Sandero 1.6, sendo o substituto natural do Corsa hatch.
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DNA da marca
As linhas do novo Chevrolet incorporam o DNA de design da marca, que vai acompanhar outros lançamentos daqui para a frente, como a grade divida em duas partes por uma barra central (onde fica a gravatinha da marca) e em formato de V; os faróis espichados, subindo pelos para-lamas; a linha do vidro lateral em forma de arco (no caso do Agile, o desfecho do arco na coluna C é forçado por uma peça plástica de acabamento, na cor preta, que passa a impressão de uma extensão do vidro traseiro); e pelas lanternas maiores. Embora seja um concorrente direto, na opinião da GM, o Agile não é tão alto como o Fox e não passa a impressão de hatch com jeito de monovolume. As rodas de liga leve (opcionais para a versão LT) dão um toque de esportividade.
Por dentro, o novo hatch incorpora algumas inovações, como o painel, que mistura instrumentos digitais e analógicos, com uma diferente iluminação azul e tem desenho que “separa” ambientes de motorista e passageiro e possibilita uma conexão mais harmônica com as portas; painel digital do ar; e bancos dianteiros que rebatem para a frente, abrindo espaço para cargas compridas, como uma escada, por exemplo. O interior é bonito, mas o material plástico deveria ser de melhor qualidade. O espaço interno oferece conforto (conforto mesmo, sem espremer) para quatro adultos e uma criança. O banco traseiro tem apenas dois apoios de cabeça e dois cintos de três pontos. No porta-malas, cabem 327 litros, uma capacidade compatível com a proposta, sendo que o banco traseiro rebate em 1/3 e 2/3, o que pode aumentar ainda mais o espaço quando se roda com menos pessoas.
LT e LTZ
O Agile será vendido em duas opções de acabamento (trata-se da nova nomenclatura da GM): LT, que tem de série ar-condicionado, direção hidráulica, trava elétrica, vidros dianteiros com comando elétrico, banco do motorista com ajuste de altura, alarme, controle automático de velocidade e computador de bordo, e tem preço sugerido de R$ 37.708; e a LTZ, que acrescenta (de série) rodas de liga leve, rádio com CD (MP3, Bluetooth, entrada auxiliar, USB etc.), faróis de neblina, coluna de direção com ajuste de altura e retrovisores externos com comando elétrico e que custa R$ 39.601. Completa, com airbag duplo, freios ABS, comando elétrico dos vidros traseiros e lanterna de neblina, o preço da LTZ sobe para R$ 42.706. Mas o ABS, que é de última geração, 8.1 (mais capacidade de processamento), só está disponível para a versão topo de linha, o que obriga o comprador a levar outros equipamentos.
O motor 1.4, por enquanto, é o único disponível (a opção com 1.0 virá depois) e recebeu calibragem específica (basicamente reprogramação do software) para o Agile, desenvolvendo potências de 97cv (gasolina) e 102cv (álcool) e torques de 13,2kgfm (gasolina) e 13,5kgfm (álcool). A transmissão é manual, de cinco marchas, mas a GM estuda a opção de um câmbio automatizado em 2010.