A Stellantis, grupo empresarial que reúne 14 marcas de carros, entre as quais Jeep, Fiat, Peugeot e Citroën, deve entrar no ramo da aviação. E o objetivo é produzir uma espécie de avião elétrico, em parceria com a empresa estadunidense Archer Aviation.
Essa aeronave, batizada de Midnight, é um misto de avião e helicóptero: terá asas, mas será capaz de decolar e pousar na vertical. O projeto inclui ainda uma cabine para quatro ocupantes, além do piloto, e uma capacidade de carga na ordem de 450kg. Já a autonomia prevista é de aproximadamente 160km.
Assista ao vídeo da Archer Aviation sobre o modelo Midnight:
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A ideia, porém, é utilizar a aeronave em deslocamentos mais curtos, de cerca de 30 km, com intervalos de 10 minutos entre os vôos para recarregar as baterias. Assim o veículo atuaria como um táxi dos ares, transportando passageiros de grandes centros urbanos para aeroportos ou até mesmo entre cidades próximas.
As duas empresas planejam inciar a produção em série em 2024, na Geórgia, nos Estados Unidos, a um ritmo inicial de 650 unidades por ano. Até lá, a Stellantis vai investir até US$150 milhões (valor que equivale a aproximadamente R$815milhões) na Archer. Porém, vale destacar que o grupo empresarial do ramo automotivo já detém capital da empresa de aviação desde 2021.
Stellantis retoma, de certo modo, antigo negócio da Fiat
Curiosamente, com o negócio envolvendo a Archer, a Stellantis vai entrar em um ramo no qual a Fiat já atuou. Muita gente não sabe, mas a marca italiana, que hoje integra o grupo, já fabricou aviões e motores aeronáuticos. E foi pioneira nesse mercado, já que os primeiros produtos do gênero datam de 1908!
A Fiat Aviazione produziu, principalmente, aviões militares, mas também desenvolveu alguns modelos voltados ao transporte de passageiros. Em 1969, a empresa italiana deixou de atuar de maneira direta no setor aeronáutico.