A Guerra na Ucrânia completou 300 dias nesta semana e, infelizmente, não tem previsão de acabar. O país, invadido pela Rússia, sobrevive diariamente de doações feitas por governantes aliados. Uma dessas doações se destaca: caminhonetes vindas do Reino Unido estão enganando os atiradores de elite inimigos devido ao fato de terem volante do lado direito.
Mais de 150 picapes foram doadas por cidadãos e pelo governo britânico aos ucranianos. A maioria vem de atividades rurais: estão desgastadas e, por isso, não encontram grande mercado de revenda em outros países por causa do volante no lado direito. A direção fica nessa posição porque, no Reino Unido, o sentido de circulação de tráfego vigente é contrário. Por isso, é popularmente conhecido como "mão inglesa".
No entanto, os ucranianos estão tirando um bom proveito das doações: eles utilizam as caminhonetes como veículos de guerra. Além de pintá-las de verde num tom camuflado, eles blindam o veículo e adicionam uma metralhadora ou um lançador de foguetes na caçamba.
Mão inglesa engana russos
Relatos indicam que os russos estão sendo enganados, pois miram no assento esquerdo pensando que estão acertando o motorista. O exército ucraniano, perspicaz, está colocando bonecos no banco do passageiro. Assim, o atirador consegue tempo e proteção para derrubar seus alvos.
Um dos mecânicos que faz todos esses reparos é Ivan Oleksii, que relatou ao jornal The Telegraph que aceita carros qualquer estado de conservação, desde que tenham motor a diesel e tração 4x4.
“Soldados nos disseram que uma caminhonete com metralhadora é equivalente a ter 20 tropas de infantaria ao seu lado. Alguns dias atrás recebemos imagens de um míssil de cruzeiro que havia sido disparado pela Rússia, mas foi derrubado pela metralhadora de uma das nossas picapes”.
Ivan Oleksii, voluntário da campanha de arrecadação Car4Ukraine
Guerra na Ucrânia
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Iniciada no dia 24 de fevereiro de 2022, Guerra na Ucrânia se tornou o maior conflito armado em solo europeu desde a Segunda Guerra Mundial.
De acordo com informações de inteligência do governo dos Estados Unidos, mais de 240 mil pessoas já morreram na guerra, sendo que cerca de 40 mil dessas vítimas são civis.
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