Uma concessionária Volkswagen localizada em Raleigh, na Carolina do Norte, nos Estados Unidos, afixou etiquetas com um termo racista em veículos de pelo menos 11 clientes. Esses adesivos, destinados a dar informações sobre a próxima troca de óleo do motor, estampavam a palavra niger, uma referência pejorativa a pessoas negras.
Um dos clientes discriminados com essa etiqueta é Conrad Alston. Ele, que é negro, percebeu o termo racista no adesivo afixado no para-brisa do próprio carro, um Volkswagen Passat 2017, que havia passado por um serviço de troca de óleo na concessionária Leith. Diante disso, a namorada dele fez uma postagem denunciando o caso em uma rede social.
A postagem teve vários compartilhamentos e ganhou enorme repercussão. O caso acabou chegando até a rede de televisão local WRAL, que fez uma reportagem sobre o caso. Entrevistado, Alston afirmou que ficou não só aborrecido, mas até com raiva diante de tal episódio. Assista ao vídeo e confira as declarações dele:
- Acompanhe o VRUM também no Dailymotion e no YouTube!
Concessionária Volkswagen pediu desculpas
Diante da repercussão que o episódio ganhou, a autorizada Leigh publicou uma nota de repúdio nas redes sociais. Na postagem, a concessionária Volkswagen pediu desculpas pelo ocorrido e alegou que já havia aberto uma investigação interna para apurar o caso.
Ainda segundo o texto da autorizada, essa apuração teria apontado que única pessoa que teve acesso à impressora de etiquetas no dia em que o caso ocorreu seria um jovem funcionário terceirizado, da equipe de limpeza. A empresa prestadora de serviço teria, então, dispensado esse empregado, cuja identidade não foi revelada.
Apesar do pedido de desculpas, Alston disse que não tem certeza se retornará à concessionária Volkswagen no futuro. Ele ponderou que nenhum cliente deveria ser tratado daquela maneira. Pelo visto, a Leith perdeu um cliente de longa data: além do Passat, o homem já havia comprado outro carro no local.