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Mais de 1 milhão de caminhonetes Ram podem ter problema na direção

Órgão de segurança viária está investigando cerca de 380 ocorrências do problema, das quais três resultaram em acidentes

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RAM 1500
RAM 1500 Foto: RAM 1500

O National Highway Traffic Safety Administration (NHTSA), órgão de segurança viária dos Estados Unidos, está investigando um possível problema nas caminhonetes Ram 1500. De acordo com um comunicado, a falha estaria no sistema de direção elétrica e resultaria na perda de assistência para o volante. Esse defeito pode atingir cerca de 1,1 milhão de veículos, produzidos entre 2013 e 2016.

Durante as investigações, o NHTSA está acompanhando 380 casos de perda da assistência da direção envolvendo caminhonetes Ram 1500. Dessas ocorrências, três resultaram em acidentes, mas, felizmente, nenhum deles teve vítimas fatais.

Proprietários de veículos que sofreram esse defeito reclamam ainda dos preços das peças de reposição e da disponibilidade delas nas concessionárias. O dono de uma dessas picapes, que reside na Flórida, relatou ter desembolsado US$ 2.000 (cerca de R$ 9.800, em uma conversão direta) pelos componentes.

Cabe ressaltar que a perda da assistência não implica na inoperância da direção: o volante continua esterçando as rodas, mas fica "duro", já que o mecanismo elétrico deixa de atuar. O caso é que, em caminhonetes grandes como a RAM 1500, a direção pode ficar a pesada a ponto de alguns motoristas não conseguirem manuseá-la.

A Stellantis, controladora da marca Ram, já fez um recall para 440 caminhonetes em 2016, justamente devido a uma falha no sistema de direção elétrica. O NHTSA, porém, ainda não conclui se essa ação tem relação com os casos relatados. As investigações devem esclarecer se o modelo tem ou não um problema crônico, que exija uma nova campanha corretiva.

Caminhonetes Ram no Brasil

A Ram vende caminhonetes 1500 de duas gerações distintas no Brasil: as da linha Classic são do mesmo modelo envolvido nas investigações do NHTSA nos Estados Unidos. Porém, como a picape só chegou ao país em 2022, as unidades importadas não fazem parte dos possíveis lotes defeituosos.