Os novos Fiat Pulse e Fiat Fastback híbridos chegaram ao mercado brasileiro no início de novembro, nas versões Audace e Impetus, prometendo ser opções acessíveis dentro do segmento de veículos híbridos. Mas o que faz desses modelos boas opções no mercado e o que pode incentivar os consumidores a comprarem esses veículos?
Apesar de não serem híbridos “completos”, já que utilizam um motor elétrico apenas como suporte ao motor a combustão, esses SUVs fazem jus pelo custo-benefício e por atenderem a demandas específicas de muitos consumidores no Brasil.
O mercado brasileiro é dominado por SUVs, disso não há dúvidas. Outro segmento que vem crescendo é o de carros híbridos. Atualmente, as montadoras não oferecem SUVs compactos que sejam híbridos convencionais ou plug-in.
O SUV híbrido convencional mais barato do Brasil é o Toyota Corolla Cross, que custa a partir de R$ 206.290. No entanto, ele é considerado um SUV médio, e não compacto.
E é aí que está o ponto-chave: muitos consumidores querem ter um SUV, mas preferem que ele não seja tão grande. Isso cria demanda por SUVs compactos, como o Volkswagen T-Cross, o Nissan Kicks, o Jeep Renegade, o Chevrolet Tracker, o Hyundai Creta, entre outros. No entanto, até o momento desta matéria, não há nenhum SUV compacto híbrido convencional à venda.
Porém, a Fiat soube aproveitar as necessidades do consumidor brasileiro e deu início à sua tecnologia Bio-Hybrid, que integra carros híbridos leves (MHEV), híbridos convencionais (HEV), híbridos plug-in (PHEV) e elétricos (BEV). Para isso, começou pela base da cadeia, os MHEVs.
E como funciona a parada toda?
O Fiat Pulse e o Fastback combinam um motor 1.0 turbo flex de 125/130 cv e 20,4 kgfm de torque (gasolina/etanol) com uma transmissão automática de seis marchas e um pequeno motor elétrico que substitui o alternador e o motor de partida.
Esse motor é alimentado por duas baterias de 12 volts: uma de chumbo-ácido, localizada no cofre do motor (a bateria tradicional), e outra de íon de lítio, posicionada abaixo do banco do motorista.
Até 3.000 rpm, o motor elétrico auxilia o motor a combustão e ajuda em uma leve redução nas emissões e no consumo de combustível. No entanto, esse motor elétrico nunca atua de forma independente, ou seja, ele não é capaz de mover o carro sozinho, como acontece em um Toyota Corolla Hybrid, que pode rodar alguns metros apenas com eletricidade. Nos modelos da Fiat, o motor elétrico serve exclusivamente para auxiliar o motor a combustão.
O consumo melhora ligeiramente — algo entre 0,5 e 0,8 km/l a mais. Mas o principal diferencial não está na economia de combustível e sim em fatores como conforto, redução de vibrações e diminuição de ruídos durante a condução.
Por que esses modelos podem valer a pena?
- Sem rodízio em São Paulo: Por serem classificados como híbridos na legislação, os modelos estão isentos do rodízio de veículos, o que é uma vantagem para quem circula pela capital paulista.
- Um SUV compacto: Diferentemente de SUVs médios ou grandes, eles oferecem praticidade para estacionar e dirigir em ambientes urbanos, como São Paulo ou Rio de Janeiro.
- Preço acessível: Entre as opções híbridas disponíveis, esses modelos estão entre os mais baratos do Brasil.
Mesmo que muitos consumidores priorizem espaço interno, os SUVs compactos atendem aqueles que preferem um veículo mais alto e com visual robusto, sem abrir mão da praticidade.
Ainda que o impacto do sistema híbrido leve nos gastos com combustível seja bem limitado, os novos Fiat Pulse e Fastback oferecem uma solução interessante para quem busca um SUV compacto com algumas vantagens econômicas e práticas, como a isenção do rodízio e até IPVA de graça, como é o caso de Brasília.
Eles ainda estão longe do que a Stellantis pretende colocar em seus carros com tecnologia Bio-Hybrid, mas entregam uma experiência mais confortável, silenciosa e, querendo ou não, econômica. Lembrando que o Vrum já testou os modelos.
Assim, para quem quer entrar no universo dos híbridos sem gastar uma fortuna, essas duas opções da Fiat se mostram escolhas racionais. Lembrando que não é somente os carros da Fiat que entram nesse raciocínio, já que o Kia Stonic também faz parte de todos esses benefícios.
- Confira os vídeos do VRUM nos canais do YouTube e Dailymotion: lançamentos, testes e dicas