De Nova York - Quando chegou ao Brasil, em 1999, producido em Juiz de Fora (MG) o Classe A popularizou de certa forma o DNA da Mercedes-Benz no mercado brasileiro. Se deu certo ou não, já é outra história, mas o monovolume era reconhecido pelo seu formato indefinido, até então quase desconhecido dos brasileiros. Doze anos depois, a Mercedes mostra o futuro do Classe A, em um conceito que roubou olhares curiosos no estande da marca no Salão de Nova York.
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Do antigo Classe A, basicamente restou só o nome, pois visualmente é completamente diferente e em nada lembra o tradicional modelo de entrada da marca alemã. O Classe A concept mais se parece um CLS hatch, pois herdou as linhas mais nítidas do coupé. Será que ele faria sucesso no Brasil? Dependendo do preço, tudo vira negócio. Mas aqui nos Estados Unidos a história é outra. Nem sempre o mais barato é sinônimo de boas vendas. "O carro é muito estranho, vai fazer sucesso com os mais jovens, mas não com quem já gostava do antigo Classe A", comentou um jornalista americano com o colega ao chegar próximo do protótipo. O conceito tem motor 2.0 com 210 cv de potência. As linhas, segundo a marca, foram inspiradas no vento e nas ondas, mas há itens oriundos da aeronáutica. O modelo possui um sistema de detecção de colisão orientado por radar que pode acionar freios para evitar batidas.
Mais palpável que o compacto da Mercedes, o Honda Civic chegou prometendo mais economia. Pelo menos nos Estados Unidos, ele continuará a oferecer uma versão híbrida na nova geração, que chega em breve aos concessionários americanos. Durante a coletiva da Honda no Salão, a empresa disse que o Civic vai para o Brasil ainda este ano, mas com pequenas alterações para se enquadrar nas especificações das leis brasileiras.
O estilo é parecido com o do atual, assim como o motor 1.8 de 140 cv. Aqui nos Estados Unidos terá a versão cupê, que dificilmente chegará ao Brasil. O híbrido pode fazer até 18,5 km/l com um motor 1.4 de 105 cv, similar ao do Honda Fit, sem a tecnologia. As baterias de íon-litio ficam armazenadas entre o banco traseiro e o bagageiro (abaixo).
O novo Civic terá, também, uma versão denominada de Gás Natural, com motor 1.8 de 110 cv já adaptado ao combustível. Já o Si ficou ainda mais apimentado, com um i-VTEC 2.4 de 201 cv, ate 192 da geração atual no Brasil. A caixa de transmissão continua a mesma com trocas manuais e seis marchas. Ainda há a expectativa da chegada do Si ao Brasil. Se o carro te agradou, prepare-se para gastar bem mais do que o comprador americano. Ele será vendido por a partir de US$ 15,5 mil nos Estados Unidos e, provavelmente , pelo dobro disso no Brasil.
Outro lançamento no Salão de Nova York segue a mesma trilha social do Civic. O Nissan Tiida sedã (chamado aqui de Versa), que aqui é popular e no Brasil considerado veículo de médio porte, passou pelo bisturi mundial da Nissan e vai substituir o Tiida (ou Versa) muito em breve. Nitidamente mais sofisticado, suas vendas aqui terão um bom atrativo: um carro completo por US$ 10.990, ou R$ 17 mil. Mas no Brasil deverá manter o preço de cerca de R$ 45 mil, além dos itens que a legislação brasileira permite ser opcionais, como o airbag e sistema de auxílio de frenagem.
Quem também deu as caras foi o besouro mais famoso do mundo. Saiu o New e ficou só o Beetle, mas ainda sem data para chegar ao Brasil. Apesar de uma aparência mais musculosa, a maior atração para o Beetle é a opção para o motor 2.0 TSI, de 200 cv.
Nova York revelou boas surpresas em carros que já estavam mofando nas montadoras a espera de uma repaginada. Parece que esse ano muitas delas resolveram colocar a fila para andar.