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ZR1 - Rei com trono renovado

General Motors prepara para 2008 versão do esportivo Corvette, cujo motor V8 de 6.2 litros, supercharger, desenvolve 620 cv de potência, ou seja, cerca de 100 cv por litro

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Versão mais apimentada tem teto em fibra de carbono, sem pintura aparente

Uma lenda é sempre uma lenda. Uns amam, outros odeiam. Nem sempre se trata do carro mais bonito do segmento, mas o poder de um nome e uma história carregada de tradição fazem milagres nas mentes e sonhos dos aficionados.

Um dos maiores exemplos da força do mito é o Chevrolet Corvette, o esportivo símbolo da indústria automobilística norte-americana. O modelo já passou por altos e baixos, resistiu à invasão oriental, a aumentos no preço dos combustíveis, não faz feio frente aos mais sofisticados e muito mais caros europeus e, mesmo seus concorrentes domésticos, como o Dodge Viper, e até certo ponto o Ford Mustang, não causam tanta admiração.

A GM sabe muito bem a arma de marketing que tem com o Corvette e não deixa a peteca cair. Um bom exemplo é o ZR1 2009, que só chega às revendas no meio do ano que vem, mas, cujos detalhes não foram revelados. A principal novidade, obviamente, está no motor.

As quatro lanternas traseiras separadas são marcas inconfundíveis do modelo. Volante de três raios tem comandos do sistema de som e de navegação


O V8 6.2 ganhou um supercharger (compressor), o que é incomum em carros esportivos nos EUA, onde, normalmente, o ganho de potência é conseguido de forma mais simples: aumentando a cilindrada. O desenvolvimento do novo propulsor ainda não foi finalizado, mas o objetivo é chegar a 620 cv, ou seja, 100 cv por litro. Nada mal, levando-se em consideração que o motor é de construção tradicional, com comando de válvulas lateral, sendo apenas duas por cilindro.

Outra vantagem da adoção do compressor volumétrico é a distribuição uniforme da força ao longo do regime de giro: 90% do torque máximo está disponível entre 2.600 rpm e 6.000 rpm. O cabeçote é feito de ligas especiais, para suportar as altas temperaturas produzidas pelo supercharger. O câmbio manual de seis marchas foi redimensionado, com um sistema de embreagens de discos duplos. A escolha, apesar de aumentar a complexidade do sistema, proporciona o benefício de diminuir o peso sobre o pedal. Comparativamente, a força para acionar a embreagem no ZR1 é a mesma necessária para o modelo padrão Z06.

A Chevrolet optou por mudanças estéticas sutis, para não desviar a atenção do foco principal, o motor. Aliás, uma das principais diferenças estéticas do ZR1 está em uma pequena 'janela' no capô, que deixa o intercooler do sistema de superalimentação visível. A abertura traz ainda o benefício de reduzir o ruído, pois trata-se de um ponto a menos de contato e vibração entre o motor e a carroceria.

A outra grande diferença no exterior com relação aos demais Corvettes está no teto, feito em fibra de carbono, sem pintura. A proposta inclusive é coerente com o veículo, que, já na sua primeira versão, em 1953, substituía a chapa de aço por um material inovador (para a época ao menos), a fibra de vidro.