Em janeiro Detroit será verde, mesmo em meio ao inverno, com uma onda de apresentações de veículos mais ecológicos. A Volvo irá levar ao maior evento automotivo dos Estados Unidos a versão elétrica do seu hatchback médio C30. O carro é uma versão pronta para as ruas do protótipo apresentado em setembro de 2009, no Salão de Frankfurt. De acordo com a marca, a conversão do modelo à energia elétrica, não implicou em alterações de sua utilidade. Foram mantidos o espaço para quatro passageiros e bagagem graças ao esquema de montagem do conjunto de baterias, que pesa 280 kg. As baterias de íons de lítio ficam alocadas dentro dos espaços reservados para o túnel de transmissão e do tanque de combustível, longe das zonas de deformação da carroceria.
A autonomia máxima é de 150 km, o suficiente para as necessidades de mais de 90% dos motoristas europeus, de acordo com a Volvo. O tempo de recarga total é de 8 horas em uma tomada doméstica. E o desempenho, se fica aquém do desenvolvido por um C30 convencional, não chega a decepcionar, com uma velocidade máxima limitada a 130 km/h, mas com uma aceleração de zero a 100 km/h em torno de 11 segundos.
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O C30 elétrico não se afasta muito em aparência de uma versão com motor a combustão interna. Afora os grafismos e detalhes pintados em um tom ?azul ecológico?, a carroceria só se diferencia pela ausência do cano de escape. É no habitáculo que residem as maiores diferenças. A começar pelos instrumentos que exibem apenas a velocidade e o consumo de energia, mas está integrado a outros indicadores, como um medidor para a carga de bateria, além de outras informações relevantes para veículos do tipo.
Como se pode imaginar, o modo de dirigir também é diferente. Esse C30 não tem marchas e o torque proporcionado pelo motor elétrico, que gera o equivalente a 111 cv de potência, é constante, basta pisar que o carro responde com o seu melhor. Sem mencionar a ausência de ruídos de funcionamento que, nos elétricos, em geral são ouvidos apenas em situações de aceleração pesada ? com um ligeiro zumbido.
De acordo com o fabricante sueco, um motor elétrico utiliza apenas ¼ da energia utilizada por um propulsor movido à combustível fóssil. A Volvo aposta que os elétricos se tornarão mais atraentes a medida em que os combustíveis tradicionais se tornem mais caros e as leis antiemissões fiquem cada vez mais rígidas.
Para 2011 a marca escandinava planeja construir uma frota de 50 carros, que serão testados em situações reais de tráfego por alguns motoristas selecionados ao longo de dois anos. A Agência de Energia da Suécia é patrocinadora do projeto, com um fundo de investimento de 150 milhões de coroas suecas, o equivalente a R$ 36 milhões.