Por Marcílio Souza
Frankfurt, Alemanha - A montadora alemã Volkswagen disse hoje que vai aumentar o investimento na China em 1,6 bilhão de euros (US$ 2,1 bilhões, ou R$ 3,7 bilhões em valores convertido), para 6 bilhões de euros - R$ 13,98 bilhões, até 2012. O objetivo do grupo é lançar novos veículos e duas fábricas no país. "O crescimento do mercado chinês excede todas as expectativas", disse o executivo-chefe da Volkswagen, Martin Winterkorn. A maior montadora da Europa em vendas foi a primeira grande fabricante ocidental a entrar na China, em 1984, e, como suas concorrentes que atuam no país, tem registrado forte alta das vendas. Esse desempenho, juntamente com a baixa exposição do grupo ao mercado dos EUA, ajudou a Volks a enfrentar a crise no setor automotivo.
Na semana passada, Winterkorn disse aos acionistas na assembleia geral da companhia que prevê um crescimento de cerca de 75% do mercado chinês até 2018. Ele quer que a Volks concentre-se em regiões em expansão no futuro previsível por causa do crescimento fraco da Europa Ocidental.
As vendas de automóveis na China aumentaram 50% no ano passado, quando o país superou os EUA no posto de maior mercado automotivo do mundo. As vendas globais da Volks no primeiro trimestre deste ano, por sua vez, cresceram 25% em comparação com as de igual período do ano passado, para 1,73 milhão de veículos. Apenas a China respondeu por 457,3 mil unidades desse total, um volume 61% superior ao de igual intervalo do ano passado.
As montadoras estrangeiras têm de atuar em parceria com fabricantes locais para poderem operar na China. A Volks possui duas joint ventures no país, a Shanghai Volkswagen Automotive e a FAW-Volkswagen. Os modelos mais vendidos pela montadora lá são Jetta, Lavida e Bora. As informações são da Dow Jones.