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TPM do bem

Já obrigatório nos Estados Unidos, e na Europa a partir de 2012, sistema que monitora a pressão de pneus evita acidentes e reduz consumo de combustível e emissões de CO2

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Pressão baixa provoca desgaste excessivo nas laterais dos pneus de seu veículo


O risco de pneu perder pressão é grande, pois ocorre por problema na válvula, furo, defeito na roda e outros. E, quando ocorre, pode provocar acidentes graves. Por isso, o National Highway Traffic Safety Administration (NHTSA), órgão responsável pela segurança no trânsito nos EUA, elaborou um cronograma para a obrigatoriedade – a partir de 2006 – do uso de um sistema que monitore constantemente a pressão dos pneus. A União Europeia seguiu o mesmo caminho e até o fim de 2012 todos os carros fabricados naquele continente terão esse equipamento.

O QUE É? TPM quer dizer, em inglês, monitoramento da pressão do pneu (tire pressure monitoring). Apesar de haver pequenas variações, os sistemas (denominados TPMS) têm como principal finalidade informar e alertar motoristas sobre a perda de pressão dos pneus, evitando acidentes.

DIRETOS E INDIRETOS A checagem constante da pressão é feita por meio de sensores, que podem ser diretos ou indiretos. No primeiro caso, eles podem ser instalados na haste da válvula ou dentro do pneu e os dados são enviados, por meio de radiofrequência, para uma central eletrônica, que cruza esses dados com as referências estabelecidas pelo fabricante do veículo. Se os pneus estiverem com pressão 20% abaixo da recomendada, o motorista é alertado por um sinal no painel. Os sensores indiretos detectam o problema por meio do monitoramento da velocidade de cada roda. Eles partem do princípio de que um pneu com pressão baixa tem um diâmetro menor e, portanto, tem que rodar a uma velocidade maior do que aqueles calibrados corretamente. Por isso, usam os mesmos dados vindos de sensores dos sistemas de freio ABS e de controle de estabilidade (ESP).

PERIGO A pressão incorreta afeta segurança, consumo, performance e durabilidade dos pneus. Se estiver abaixo da recomendada, o pneu terá sua área de contato com o solo alterada, provocando um desgaste acelerado e irregular da banda na área dos ombros, o que pode, além de redução da durabilidade, causar superaquecimento, quebras e separações dos componentes da estrutura do pneu.

ESTATÍSTICAS
Estudos indicam que 32% dos veículos que rodam nos Estados Unidos estão com pneus calibrados 30% abaixo do recomendado; e que pelo menos 90% dos problemas nos pneus se devem à perda de pressão que, em geral, ocorre lentamente, sem que os motoristas percebam. Com a obrigatoriedade, analistas europeus calculam que será possível economizar cerca de 3,4 bilhões de euros por ano com combustível na Europa.

NOVIDADES
Num futuro não muito distante, os sistemas de monitoramento não se limitarão a informar a pressão dos pneus. A Continental, por exemplo, está desenvolvendo um sistema que deve chegar ao mercado em 2014 e vai informar a quilometragem rodada e a expectativa de durabilidade do pneu. Sensores mais sofisticados têm uma unidade de memória capaz de informar ao computador de bordo detalhes sobre o tipo de pneu em uso e suas especificações de segurança (por exemplo, limite de velocidade máxima e posicionamento de cada pneu, para facilitar o rodízio).