Quando surgiu em 2005, a sétima geração da Toyota Hilux foi feliz em aproximar-se de um carro de passeio, oferecendo espaço e desempenho de sedã médio. Foi seguida por várias rivais, como a Mitsubishi L200 Triton e Nissan Frontier, e se manteve vice-líder entre as picapes – a líder Chevrolet S10 luta em escala mais popular. Mas se a Volkswagen Amarok não ameaçou, as novas Ford Ranger e S10 prometem levar a briga para o andar de cima, o que levou a Toyota a dar um tapa para manter a Hilux acordada, que chega com o anúncio de versão flex. O motor 2.7 passa a gerar 158cv e 163cv, respectivamente com gasolina e etanol, e 25kgfm de torque com ambos os combustíveis, mas só chegará em março.
A bem da verdade, foi apenas um tapinha para aguentar até a oitava encarnação. O capô ganhou vincos que combinam com a grade de volume central destacado, no que segue os automóveis da marca, que também deram o tom dos faróis espichados até as laterais e o para-choque mais afilado. O SW4 ganhou ainda faróis com xênon e lavadores, além moldura negra ligando os nichos dos faróis de neblina. Menos notáveis foram as molduras redesenhadas das rodas. A traseira da Hilux tem lanternas com vincos mais demarcados e luzes reposicionadas. Já o SW4 investiu um pouco mais na modificação, com lanternas recortadas na base com fundo cromado e luzes em LEDs.
INTERIOR Por dentro, o painel ganhou novos tons e quadro de instrumentos e volante redesenhados. O SW4 tem combinação de bege com cinza escuro no painel e detalhes em madeira para tentar emprestar requinte. É claro que a cirurgia plástica teve um preço, até porque as versões a diesel 4x2 foram descontinuadas, ficando apenas a opção de 4x4 temporária, com reduzida por alavanca. A picape parte de R$ 85.690 pedidos pela versão cabine simples Standard com motor 2.5 turbodiesel de 102cv e 26,5kgfm de torque, valor que cai para R$ 80.160 no caso da chassi-cabine. São de série em todas as versões o ar-condicionado, a direção hidráulica, coluna de direção ajustável em altura, entre outros itens. Com cabine dupla, o mesmo modelo passa para R$ 93.260, valor que chega a R$ 100.720 com a adição do chamado Power Pack, que inclui freios ABS, airbag duplo, sistema de som com CD/MP3 e trio elétrico, além de rodas de liga aro 16 com pneus 265/70.
A intermediária SR e a top SRV mantiveram o motor 3.0 turbodiesel de 163cv e 35kgfm de torque. Por R$ 111.800 a SR traz a mais o travamento na chave, vidro elétrico “um toque” para o motorista, alarme, entre os principais itens. O SRV parte de R$ 127.260 (R$ 134.410 com câmbio automático, exclusivo da versão) e adiciona ar-condicionado digital, bancos em couro, computador de bordo, volante multifuncional, além de novos itens como sistema de som com tela de 6.1 polegadas sensível ao toque, que exibe imagens da câmera de ré, viva-voz Bluetooth e ajuste elétrico do banco do motorista. Outra novidade da linha 2012 é a criação da SRV Top, que engorda a lista de itens com rodas de liga leve aro 17 e controles eletrônicos de estabilidade e de tração, com o salgado preço de R$ 141.920.
SETE E CINCO O SW4 só vem com câmbio automático de quatro marchas e tem como novidade a oferta de versão para cinco passageiros a diesel, que dispensa a terceira fileira no porta-malas, e parte de R$ 170.400, contra R$ 174.900 da configuração para sete. Para os que dispensam o turbodiesel, o SW4 a gasolina foi mantido e tem motor V6 4.0 de 238cv de potência e 38,3kgm por R$ 157 mil. A despeito do incremento da concorrência, a Toyota aposta que a reforma será suficiente para vender no ano que vem 40 mil unidades da Hilux, aumento de 25%, e 10 mil SW4, 30% a mais do que o projetado para este ano.
Toyota Hilux e SW4 ganham pequenas mudanças na geração 2012
Linha de utilitários recebe alterações de estilo e equipamentos, além de motor flex para 2012, tudo para enfrentar concorrência, que vai ser renovada