O eixo econômico do mundo mudou e a indústria automotiva reflete esse novo panorama. Antes relegados ao segundo plano, países do BRIC – Brasil, Índia, Rússia e China – são peças centrais da estratégia de alguns fabricantes generalistas. E é isso que a Toyota prova com a exibição de um novo compacto no Salão indiano de Nova Déli, que abre as portas ao público hoje. Batizado como Etios, o modelo foi exibido como conceito nas versões hatch e sedã, que serão produzidas na nova fábrica da marca em Sorocaba, interior de São Paulo. Há tempos que a Toyota estuda a fabricação de um novo modelo no Brasil. A marca, que se instalou no país em 1958, produziu durante décadas o jipe Bandeirantes e só em 1999 deu início a produção de um carro de passeio, o sedã Corolla.
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O desenho do novo compacto é robusto, com alguns toques modernos, com a grade integrada aos faróis e "ombros" bem demarcados por vincos nas laterais. O interior abusa de cores vivas e claras, elementos que não devem estar na versão brasileira. A "natureza" global do projeto fica clara no painel simétrico, com quadro de instrumentos analógico em posição central. Isso permite uma adaptação mais fácil à "mão" de cada país – na Índia, por exemplo, a mão é inglesa, tal como na Inglaterra e no Japão.
O Etios será movido por motores 1.2 e 1.5 litro, mas a Toyota ainda não liberou especificações a respeito das motorizações. Com o Etios a marca japonesa irá lutar por posições em um segmento de maior volume de vendas. A rival e compatriota Honda aplicou a mesma filosofia com a diversificação de seus produtos, primeiro com o Civic, depois com o Fit e o seu derivado, o sedã compacto City – um projeto criado especialmente para países emergentes. A fábrica de Sorocaba terá capacidade para produzir 150 mil veículos por ano. Na Índia, a Toyota espera vender cerca de 70 mil unidades do Etios por ano.