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Taiki - Filho do vento

Apresentado no Salão de Tóquio de 2007, carro-conceito da Mazda tem estilo inspirado no fluxo de ar. Habitáculo usa materiais pouco convencionais

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Apesar de não ser muito badalada no Brasil, a montadora japonesa Mazda é conhecida por soluções pouco convencionais e estética refinada. Até mesmo porque seu volume de vendas é menor, o que deixa os projetistas com mais espaço para experimentar.



Nos últimos anos, a Mazda está fazendo fama pelo belo estilo de seus carros-conceito. E, na edição 2007 do Salão de Tóquio, não foi diferente. A montadora apresentou o Taiki, um esportivo cujo objetivo era reproduzir o movimento do ar na forma de um carro. Além de vários desenhos feitos à mão livre, para ajudar a chegar à forma final, os estilistas usaram técnicas inovadoras, como molhar o tecido em gesso líquido, e deixar secar ao vento, para capturar o movimento do ar, traduzido de maneira concreta.

Cupê
As proporções são as de um cupê alongado, com o arranjo motor dianteiro e tração traseira, e teto feito em vidro, para aumentar a sensação do ar passando pelos dois ocupantes. As rodas dianteiras são o elemento que inicia o movimento do ar nas laterais, que fica evidente nas ranhuras das portas e no desenho singular das rodas traseiras, unidas à carroceria apenas pela parte de cima, deixando espaço para a passagem do fluxo de ar.


O 'vento em movimento' também foi reproduzido nas lâminas curvas da grade dianteira. Na parte de trás, várias pequenas seqüências de Leds escondem as lâmpadas e dão a impressão de que o próprio metal brilha no escuro e só são visíveis quando acesas. Para complementar o tema, as rodas de 22 polegadas foram desenhadas para parecer com a frente de uma turbina de avião, quando em movimento.

Fluidez
Além da beleza e fluidez de formas, outro objetivo era fazer um veículo que fosse aerodinamicamente eficiente, uma tradução efetiva da inspiração do desenho. Com desenvolvimento no túnel de vento, foi possível atingir um coeficiente de penetração aerodinâmica (Cx) de apenas 0,25 (muito menos do que a maioria dos carros de produção e, principalmente, dos veículos esportivos), sem prejuízo do efeito-solo, que contribui para uma boa estabilidade.

Já o interior teve como ponto de partida o fluxo de água, gerado pelas carpas japonesas quando nadam rio acima na época da reprodução. Como se tratam de formas naturais aleatórias, a simetria foi intencionalmente abandonada. Para permitir uma maior liberdade de estilo, o silicone foi usado de forma estrutural em várias partes internas, como nas molduras do banco.

O Taiki é equipado com uma nova geração do motor giratório Wankel, que já é usado no RX-8. Elementos do estilo interno são feitos para integrar o condutor com o conjunto mecânico. O volante triangular reproduz a câmara de combustão e um conjunto de luzes ao redor do painel funciona como conta-giros.