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SRT-10ACR - Caçula mais bravo

Última versão do Dodge Viper é pensada para uso em pistas. Apesar de ter o mesmo motor, novas suspensões e carro mais leve melhoram desempenho

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Goste ou não do jeito norte-americano de fazer esportivos, aquela coisa meio bruta, na qual mais é mais, sem espaço para sutilezas, não há como negar que o Dodge Viper é um ícone. Lançado em 1992, agora em sua terceira geração, continua atraindo a atenção de aficionados ao redor do mundo.

Para não deixar a peteca cair, a Dodge procura trazer sempre alguma novidade para seu modelo topo de linha. Recentemente, o motor V10 8.4 ganhou cerca de 90 cv, chegando a 600 cv. Mas ainda havia espaço para melhoras. O mais novo modelo da linha, o SRT-10ACR leva o Viper mais próximo do que nunca ao universo dos veículos de competição.

Veja mais fotos e assista ao Viper SRT10 ACR em movimento!

Para chamar a atenção (não que o esportivo precise), foram feitas algumas adaptações estéticas, mas a maioria também cumpre função prática. O spoiler dianteiro é adaptável em função do efeito solo desejado, assim como o imenso aerofólio traseiro. Ambos são feitos de fibra de carbono, para adicionar o menor peso possível ao veículo. Reduzir a massa, foi uma das principais preocupações dos engenheiros. Por não serem necessários em competições, os faróis de neblina foram removidos.

No interior, o foco em redução de peso e concentração na direção se traduz na possibilidade de eliminar o sistema de som, substituído por um contador de voltas em provas de longa duração, assim como acabamentos menos visíveis. O pacote é chamado de hard core e resulta na perda de mais de 9 quilos.

Mas como nem sempre a forma segue a função, também foram acrescentados alguns detalhes, digamos, supérfluos. Mas nem por isso menos interessantes. A pintura é exclusiva, em dois tons com uma faixa preta que corre toda a extensão da carroceria, e as rodas em alumínio forjado também são em preto, para complementar a linguagem visual do modelo.

Aerofólio em fibra de carbono diminui peso do veículo


Apesar do motor não ser diferente em relação ao SRT-10 de produção normal, os engenheiros fizeram outras modificações para melhorar o desempenho. As suspensões são ajustáveis, tanto em altura quanto na calibragem das molas (mais duras ou moles). O ajuste pode ser feito sem desmonte das rodas, para salvar tempo em corridas. Todos os componentes também são de materiais mais leves, novamente, para diminuir o peso, e os pneus são de corrida, mas aprovados para rodagem normal.

Como nas pistas, reduzir a velocidade no momento e no tempo certo é tão importante quanto acelerar, os freios foram revistos. Os discos ventilados com pinças maiores diminuem a inércia e melhoram o resfriamento. Uma frenagem total, a partir dos 100 km/h, exige apenas 30 m de pista.

O Viper SRT-10ACR começa a ser vendido nos Estados Unidos em meados de 2008 e o preço sugerido (lá nos EUA) é de US$ 100 mil.