Em época de Copa do Mundo, até os europeus torcem para o Brasil. Ainda que tenha sido criado no encalço do bom momento vivido pela Smart no Brasil, o Fortwo mais parece um carrinho da torcida canarinho. O subcompacto de 2,5 metros ganhou uma decoração que mescla painéis amarelos da carroceria e estrutura tridion em preto com adesivos da bandeira nacional nas colunas traseiras. Além da aparência, o modelo se destaca pelo preço de R$ 49.900, bem mais em conta que os R$ 57.900 pedidos pelo cupê tradicional (assista ao teste no vídeo abaixo). A edição limitada a 300 unidades (numeradas) não perde em equipamentos. Estão lá ar-condicionado, vidros e travas elétricos, rodas aro 15 exclusivas, e itens de segurança como freios ABS com EBD e o providencial controle eletrônico de estabilidade.
O desconto é explicado pela mecânica mais simples. A configuração conta com o mesmo motor três cilindros 1.0, mas em versão aspirada, que gera 71 cv de potência e 9,3 kgfm de torque, contra os 84 cv e 12,2 kgfm da versão sobrealimentada. O câmbio manual automatizado de cinco marchas permanece. O menor rendimento aumenta o tempo de aceleração de zero a 100 km/h de espertos 10,9 segundos para 13,3 segundos, com velocidade máxima igualmente limitada aos 144 km/h. A contrapartida está no consumo que, com uma média declarada de 22,2 km/l (números otimistas colhidos na Europa), é cerca de 10% mais econômico que o turbo.
Um mérito a ser dividido com uma versão sofisticada do sistema Start/Stop, que desliga o motor em congestionamentos e o recoloca em funcionamento ao se pisar no acelerador. Batizada como Micro Hybrid Drive, a tecnologia da Smart pára o propulsor assim que detecta uma frenagem que diminua a velocidade do carro para menos de 8 km/h. O sistema também influi nas emissões, de apenas 104 g/Km de CO2, dióxido de carbono.