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Segurança - Airbag diminui carnificina

Estudo mostra que, se o equipamento fosse adotado em larga escala, 490 vidas seriam salvas por ano no Brasil. Posicionamento correto no banco também é fundamental

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Tem motorista que se arrisca no trânsito, certo de que, se algo der errado, o airbag estará ali, pronto para salvá-lo. A bolsa inflável é um item de segurança importante, mas não é garantia de vida. O Centro de Experimentação e Segurança Viária (Cesvi) fez estudo sobre o possível impacto da adoção em larga escala dos airbags frontais em veículos de passeio no Brasil. Se o equipamento fosse adotado em todos automóveis e picapes seriam poupadas 1,4% do total de 35 mil mortes anuais. A análise fria dessa porcentagem parece desanimadora, mas, considerando que ela significa menos 490 mortes todo ano, a história muda.

Nivaldo Siqueira, da TRW, empresa que fornece sistemas de airbag para vários fabricantes de veículos, esclarece que a bolsa é um dispositivo de segurança complementar e é imprescindível ser usado com o cinto de segurança. A bolsa é complemento do cinto. Segundo informações da empresa, 25% dos veículos produzidos no Brasil em 2007 estavam equipados com airbag. O Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) garante que a partir do próximo ano 8% dos automóveis deverão sair de fábrica com o equipamento. E esse número vai aumentar progressivamente: 15% em 2011; 30% em 2012; 60% em 2013; e 100% em 2014.

Posição

Para que o airbag seja totalmente eficaz é preciso que os ocupantes estejam atados ao cinto. Isso porque o equipamento amortece melhor o impacto depois que atinge o volume máximo e ao mesmo está começando a desinflar. O uso do cinto de segurança é importante para evitar esse contato antes do momento ideal. Se a bolsa atinge o ocupante enquanto estiver inflando, há risco de ocorrer ferimentos graves, já que receberia toda a energia desse movimento.

Para não ser atingido pela bolsa enquanto está sendo inflada, o ocupante deve manter distância mínima do local de onde é disparado. No caso do motorista, a distância do tórax para o volante deve ser superior a 25 centímetros, que é a distância mínima que o airbag alcança quando infla. Já a bolsa do passageiro é maior e a distância que deve ser guardada é de, no mínimo, 40 centímetros a partir do painel. É importante também não deixar objetos entre os airbags e os passageiros para que não sejam projetados contra os ocupantes quando acionados.

A posição de segurar o volante, chamada nove e quinze (de acordo com os ponteiros do relógio), também deve ser obedecida para que a mão do motorista não seja impulsionada em direção a ele. Outro vício que pode causar ferimentos sérios e anula a eficiência do airbag é apoiar os pés no painel com o carro em movimento. Isso é pecado capital e jamais deve ser feito sob pena de lesões graves em acidente ou freada brusca.