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Salão de Genebra 2011 - Falshes e máquinas

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De Genebra, Suíça - O Salão de Genebra terminou no último domingo (13) e em sua 81ª edição exibiu uma enxurrada de carros híbridos e elétricos. Todos os fabricantes se comprometem a reduzir a emissão de poluentes, com motores de baixa cilindrada e alta potência. Para tanto, usam-se turbo e injeção de combustível diretamente na câmara de combustão. Jornalistas de todo o mundo se acotovelam em busca de ângulos ideais para clicar novos modelos de automóveis e também humanos. Carros estão sempre associados à conquista de mulheres, que povoam todos os estandes. É difícil dissociar o automóvel da modelo, que está ali também para realçar o brilho da lata., Será que, de tão belas, como a morena (foto) de olhos verdes, não geram efeito contrário? O visitante simplesmente pode esquecer os carrões e flertar com as beldades, que passam a figurar em primeiro plano.

Esportivos Há quem diga que a grande estrela de Genebra é o Lamborghini Aventador, o superesportivo da marca que pertence ao grupo Volkswagen. De cor alaranjada, o carro realça a esportividade acompanhado de uma modelo de nível equivalente. A Porsche esnoba com o sedã esportivo Panamera híbrido, o maior modelo da marca. A Ferrari chama sempre a atenção. Nesta edição, o FF de quatro lugares é a atração. Sempre difícil é ter acesso ao estande. Uma pequena portinhola seleciona os convidados mesmo nos dias dedicados à imprensa.

Franceses No estande da Peugeot, a estrela é o 508 nos modelos sedã e perua. É o maior carro da marca francesa e mostra a nova boca do leão. É a fusão entre o 407 e o 607. O médio 308 também está de boca nova e segue estilo do irmão maior. A Citroën optou pelo médio DS4 e a Renault faz referência ao futuro estilo da marca, como o monovolume R-Space, que define as linhas do sucessor do Scénic. O Captur é outro conceito digno de figurar entre os mais belos exemplares com linhas musculosas.

Estiloso O Alfa Romeo 4C figura na lista dos mais bonitos do salão, com pintura de textura fosca. De longe parece plotagem, mas é tendência. Outros modelos também entram na onda dos sem brilho.

Combustíveis Na ordem do dia, os modelos híbridos abundam na mostra suíça. Os elétricos para o futuro ainda longínquo no Brasil também marcam presença. Até os recatados chineses da BYD (foto) estão lá com proposta de carro elétrico. Ainda pouco confiáveis, um dia serão absolutos no mercado mundial e com a excelência atual de japoneses e coreanos. O caminho das pedras é longo e o aprendizado, ainda mais. Entretanto, os chineses estão de olhos bem abertos para o futuro.

Retrovisor Pois não é que o maior aliado dos motoristas está com os dias contados. O espelhinho do lado esquerdo e que da década de 1980 em diante passou a ser colocado também acima da porta do passageiro da frente dá lugar às sofisticadas câmeras. A carenagem se assemelha a um filete, com a minúscula câmera colocada próxima à extremidade, que se encaixa acima da porta. Os conceitos da Renault usam o modelito e o Swift da Suzuki também. São melhores e mais eficientes, mas quando emperram…

Nostalgia Nem só de novidades respiram as mostras automotivas. Em Genebra, a Jaguar exibe o E-Type de 1961, o carro mais bonito já visto pelo comendador Enzo Ferrari, em comemoração ao cinquentenário. A Fiat mostra o Mefistofeles, de 1924. A Porsche curte com todos exibindo o primeiro carro híbrido do mundo, o Lohner, de 1899, e mostrado ao mundo no Salão de Paris de 1900. A Renault não perde o mote e cola na parede o modelo 4L, que também faz 50 anos.

Maçaneta Outro item que se destacava nas laterais dos carros agora são discretos e parecem embutidos na carroceria. Basta um leve toque para ficar em alto relevo. O conceito crossover da Mazda, o Minaghi, usa o artíficio que faz a lateral parecer limpa, sem reentrâncias. Os carros-conceitos são exercícios de imaginação dos estilistas e que testam a reação do público para empregar um ou outro elemento em modelos de rua, como grades, faróis, lanternas, para-choques e para-lamas.

 

O mais caro Nem Rolls-Royce, nem Bentley, nem Porsche, nem Ferrari. O automóvel mais caro do salão é o Aston Martin DB4 Zagato, de 1962. Foram produzidas poucas unidades do modelo e uma delas foi arrematada recentemente pela bagatela de US$ 5 milhões.

Indiano As promessas são muitas e os indianos da Tata exibem o Pixel, um carro de quatro lugares com as portas que abrem para cima, feito para cidade. Ninguém melhor do que o dono da marca para apresentá-lo na Suíça. Ratan Tata mostrou sua nova joia com muito orgulho, apesar do fracasso de vendas do Nano. Os bancos deslizam em trilhos e são estreitos.